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Palco principal reúne
apresentações ao vivo
DA REPORTAGEM LOCAL
Renato Cohen, Gui Boratto,
Prodigy, LCD Soundsystem, The
Bays... O palco principal deste
Skol Beats será tomado em grande parte por apresentações em live PA, ao vivo. Mas o duo britânico Plump DJs, que "apenas" pilotará os toca-discos, ganhou nobre
horário no line-up do espaço.
Por dois motivos: 1) é o principal nome do breakbeat, gênero
dos mais populares hoje da eletrônica; 2) seus sets conseguem
aliar boa técnica com uma certa
ousadia experimental -sem perder de vista o motivo de tudo: fazer o povo dançar.
Nos últimos anos, a cena em
torno do breakbeat cresceu bastante, principalmente na Inglaterra. Há vários clubes aparecendo,
as noites arrastam bom público e,
conseqüentemente, surgem mais
DJs do estilo. No Brasil, esse crescimento também está ocorrendo;
vários clubes, como Vegas e Lov.e, abrem as portas para as batidas quebradas, e há raves em que
tendas são dedicadas aos breaks.
Para Lee Rous, uma das metades do Plump DJs ao lado de
Andy Garner, isso ocorre há algum tempo e está se espalhando
para fora da ilha britânica.
"O breakbeat tem crescido muito na Inglaterra desde o meio dos
anos 90, quando nos envolvemos
com isso. Há mais DJs e produtores vindo para esse lado. E a cena
breakbeat é levada muito mais pelo lado musical do que pelo lado
fashion, como acontece em vários
setores da dance music. No momento estamos num bom período. Há uma noite no Fabric [um
dos principais clubes londrinos]
que é uma das mais concorridas
do clube. E o breakbeat é muito
popular também em vários países
da Ásia e na Austrália."
Segundo Rous, o breakbeat
consegue levar à eletrônica certo
"frescor orgânico" e é natural que
agrade aos brasileiros, já que
guarda semelhanças com o
drum'n'bass, gênero bem popular
por aqui. "O breakbeat e o
drum'n'bass são baseados, geralmente, em batidas orgânicas de
bateria, e não em sons eletrônicos.
Têm uma energia natural."
A música dos Plump DJs têm
batidas sincopadas, de ritmo quebrado, e é fortemente influenciada pela acid house do final dos
anos 80, pelo rap e pela música
negra norte-americana.
"Eu e Andy ouvimos coisas bem
variadas. Mas temos background
musical similar, crescemos ouvindo hip hop, depois tecno e outras
coisas eletrônicas. Hoje gosto bastante de trilhas sonoras e coisas
bem pop", explica o produtor.
Andy Garner e Lee Rous formaram o Plump DJs em 1997, em
Londres. O primeiro lançamento
foi "Electric Disco/Plumpy
Chunks" (1999). Em seguida, entraram para o selo Finger Lickin.
São autores de alguns hits dos
breaks, como "The Push" e "Big
Groove Fucker". O álbum "A
Plump Night Out", de 2001, é considerado essencial. Em 2003, veio
o segundo, "Eargasm", também
comemorado pelos fãs. No ano
passado, lançaram "Saturday
Night Lotion", que reúne músicas
próprias com faixas que a dupla
costuma tocar nas pistas.
Neste sábado, será a primeira
vez que o duo se apresenta no
Brasil. Será DJ set, pois os Plump
DJs não fazem live PA. "Adoramos produzir e gostamos de nos
apresentar como DJs. Acho que
uma coisa completa a outra, não é
preciso mais do que isso. Nossa
música é muito baseada em samples, então fazer um live PA seria
uma coisa forçada, quase uma
mentira."
(THIAGO NEY)
Skol Beats
Quando: das 16h de 13 de maio até as
9h do dia seguinte
Onde: complexo do Anhembi (av. Olavo
Fontoura, 1.209, São Paulo)
Quanto: R$ 70 (na porta, R$ 90)
Informações: www.skolbeats.com.br
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