São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 2006

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MÔNICA BERGAMO

PESO PESADO 1
A Volo, empresa que comprou a VarigLog, contratou o escritório do advogado Roberto Teixeira, especialista em direito regulatório, para defender, junto à Anac, agência que fiscaliza o setor, a aprovação do negócio, um dos maiores da área da aviação. A empresa comprou a VarigLog por mais de U$ 40 milhões. Teixeira ficou conhecido também por ser amigo e compadre do presidente Lula.

PESO PESADO 2
Teixeira faz parte de um pool de escritórios em defesa do negócio, que sofre contestação do sindicato das empresas aéreas, o Snea. De acordo com o sindicato, a Volo não pode comprar a VarigLog porque tem entre seus acionistas um fundo de investimentos internacional, o Matlin Patterson. Os advogados dizem que a participação do fundo na empresa obedece o que é permitido pela lei.

MUDANÇA
Silvio Pereira não está mais sendo defendido pelo escritório de Arnaldo Malheiros, que tinha sido contratado pelo PT para representar o ex-secretário do partido e também o ex-tesoureiro Delúbio Soares.

 

O motivo: Pereira, que fez barulho ao dar uma entrevista para o jornal "O Globo", não estaria seguindo as orientações dos profissionais, prejudicando sua própria defesa. Ele agora deve ser defendido pelo escritório de Iberê Bandeira de Mello.

PAPEL JORNAL
Depois de apresentar seu projeto de cobertura das eleições para os partidos políticos, a TV Globo vai agora ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) expor seu plano de cobertura jornalística aos ministros.

REFILMAGEM
A novela "Cobras e Lagartos", alvo de um processo de plágio pelo cineasta Walter Salles, também causa polêmica nos corredores da Globo. Sua abertura, que intercala cenas de luxo e pobreza, tem a mesma idéia da abertura da novela "Gente Fina", exibida em 1990. Há cenas quase idênticas.

PONTE
O novelista Aguinaldo Silva, que vive em Portugal, negocia o projeto de uma minissérie com produtores de TV do país. É sobre um brasileiro que retoma a vida em Portugal.


FOME DEZ
A greve de fome de Anthony Garotinho é a pauta da vez do Orkut. Já são centenas de comunidades, a maioria em uma torcida cínica pelo ato, como "Não pára, não, Garotinho" (12.783 membros), "Vai fundo, Garotinho" (215 membros) e "Morra de fome, Garotinho" (1.115 membros). A maior comunidade de apoio real ao político tem 2.266 membros: "Garotinho, presidente".

DANIELA MERCURY

"Nunca votei em ACM"

Daniela Mercury procurou a coluna para esclarecer suas declarações de que convocaria seu público, em shows, a não votar em Lula. E respondeu a Zeca Baleiro, que a criticou dizendo que "quem pede a benção a ACM" não tem direito de criticar Lula.

Folha - Como você recebe as críticas de Zeca Baleiro?
Daniela Mercury -
É engraçado isso. É a mesma coisa que eu achar que quem mora em Alagoas apóia o Collor e quem mora no Maranhão apóia o Sarney. Sou baiana, mas nunca votei em candidato de ACM, nem em ACM, de jeito algum, na minha vida inteira. Mas não faço campanha contra também. Eu respeito as pessoas. Já recebi propostas milionárias para fazer shows políticos e nunca fiz. Minha neutralidade é uma coisa da vida inteira. Ainda mais porque resolvi ter uma militância social e tenho que lidar com todos os governos, tirar deles o que a gente precisa. Tive o cuidado, durante minha vida inteira, de não declarar meu voto durante as eleições. Em meus shows, eu falo sobre o voto consciente mas nunca, jamais usaria meus shows para fazer campanha, nem contra nem a favor de ninguém.

Folha - Você pediu que não votassem em Lula?
Daniela -
É a primeira vez que falo sobre isso. Porque saiu publicado [no jornal "Correio da Manhã", de Portugal], mas não é verdade. Eu achei que o assunto ia morrer, mas piorou. Eu disse ao jornal que estava desapontada com o Lula, mas não disse que falaria contra ele nos meus shows. Eu nem tenho essa indignação toda com o Lula. O que eu tenho é uma tristeza, uma preocupação. É um direito meu, como cidadã, principalmente porque votei no Lula quatro vezes. Nunca fiz campanha para ele, mas sempre votei nele.

Folha - E agora, em quem vai votar para presidente?
Daniela -
"Tá" difícil. Ainda não decidi. E vou dizer mais uma: eu torço muito para que a situação se resolva. Eu, como todos os brasileiros, acreditei sempre muito em Lula. Torço para que ele resolva todos esses problemas. Mas, como cidadã, eu não vou votar em Lula. Estou decepcionada.

CAMPANHA ELEITORAL

"Entusiasmado e amigo"

João Sal/Folha Imagem
Fernando Henrique autografa seu livro para Alckmin


Uma longa fila se formou na noite de autógrafos de Fernando Henrique Cardoso, "A Arte da Política - A História que Vivi", anteontem, na Faap. O rabino Henry Sobel falava para Ruth Cardoso: "Nós éramos felizes e não sabíamos". Geraldo Alckmin falou à coluna:

Folha - O PSDB quer "esconder" a figura de FHC na campanha do senhor, porque o governo de Lula é mais bem avaliado que o dele.
Geraldo Alckmin -
Não, de maneira alguma. E mais: se houver qualquer tipo de colocação com relação ao governo do Fernando Henrique, vamos responder. Seu governo teve muito mais acertos do que possíveis equívocos.

Folha - Mas há um esforço de alguns para afastá-lo. Como o senhor vê a participação dele?
Geraldo Alckmin -
Será muito bem-vinda e defendida se houver necessidade [de participação de FHC]. Mas não vejo razão, não.

E FHC, na dedicatória: "Para Geraldo Alckmin, de seu torcedor entusiasmado e amigo".

CURTO-CIRCUITO

A banda sinfônica do Estado de São Paulo apresenta o concerto "Mozart", hoje, às 21h, no teatro Sérgio Cardoso.
A Apae SP tem inscrições abertas para voluntários até o dia 19 e oferece curso preparatório no dia 24. A entidade fica na Vila Clementino, próximo ao metrô Santa Cruz.
O cenógrafo e decorador de festas Marcelo Bacchin assina 11 ambientes do Casar 2006, que será realizado na Daslu.
A série de capacetes de Ayrton Senna fica em exposição, a partir de hoje, na agência do Citibank, na avenida Paulista.
A Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo fica até o dia 14, no Memorial da América Latina e em outros espaços.



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