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ARTES
Expressionismo de Pollock ganha especial
ALEXANDRA MORAES
DA REDAÇÃO
Um dos principais nomes do
chamado expressionismo abstrato, o pintor norte-americano
Jackson Pollock (1912-1956) é o
centro de um documentário exibido pelo canal Film & Arts.
"Eu não uso o acaso. Eu nego o
acaso", dizia Pollock sobre o controle que exercia sobre a sua pintura aparentemente caótica e na
qual o pincel não tocava a tela
-era usado para apenas atirar a
tinta sobre as telas imensas que
estendia no chão.
Nascido em Cody, uma cidadezinha do Estado de Wyoming,
mas não tendo morado ali por
mais de um ano, Pollock brincava
de cultivar o mito de "homem do
Oeste" e, quando em Nova York,
chegava a se vestir como caubói,
embora jamais tivesse realmente
vivido como um.
Filho de um agrimensor, Pollock acompanhava o pai em seus
trabalhos no Grand Canyon, e o
fato é apontado como crucial na
percepção de escala que o pintor
desenvolveria mais tarde.
Outra influência ressaltada é a
dos muralistas mexicanos David
Alfaro Siqueiros e Diego Rivera,
cujas composições e justaposições ajudariam a conduzir Pollock à sua própria e particularíssima maneira de arranjar elementos dentro de uma tela.
A primeira exposição individual
do pintor ocorreu na galeria da
mecenas Peggy Guggenheim, em
1943. Peggy se tornaria uma das
grandes incentivadoras da arte de
Pollock, ao lado da viúva do artista, a também pintora Lee Krasner
(1908-84), com quem se casou em
1945.
Com Krasner, Pollock foi morar
numa casa de campo em Long Island cujo celeiro lhe servia como
ateliê. Manipulador, explorador,
folgado e mimado são alguns dos
adjetivos que Krasner reserva a
Pollock em entrevista durante o
documentário, mas, por incrível
que possa parecer, sem muito ressentimento.
"Alcoólatra" também poderia
entrar na lista, tendo sido um de
seus principais problemas. Pollock frequentemente dirigia bêbado em alta velocidade pelas estradas e se envolveu em alguns
acidentes, tendo sido o último em
1956, quando morreu com um
carro que acabara de trocar por
duas telas, ao lado da amante, a
estudante de arte Ruth Kligman,
que sobreviveu.
ARTISTAS PLÁSTICOS: JACKSON
POLLOCK. Quando: amanhã, às 21h, no
Film & Arts.
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