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Dublagem lembra longa japonês
da década de 60
ELVIS MITCHELL
DO "THE NEW YORK TIMES"
"Final Fantasy" possui a
qualidade impassível de videogame. Pela primeira vez,
todos os personagens foram
criados com softwares.
Mas os esforços heróicos
dos atores que fazem as vozes e conferem peso dramático a praticamente cada linha de leitura criam um
contraste estranho com os
personagens na tela. Como
os movimentos dos lábios
das figuras animadas são um
pouco lentos, parece um filme animado japonês dos
anos 60, mal dublado.
Por mais que os atores fora
da tela se esforcem, é mais
fácil acreditar nos brinquedos animados de "Toy Story
2" do que nas figuras humanas de "Final Fantasy".
Falta um movimento de
cabeça não coreografado ou
de um gesto improvisado
-a imprevisível química física entre atores de carne e
osso, que a informática (ainda) não dominou. Dentro de
dois ou três anos -ou,
quem sabe, até antes-, os
efeitos visuais avançados de
"Final Fantasy", nos quais o
andar sem peso dos personagens os faz parecer como
se estivessem andando num
ambiente de gravidade zero,
vão parecer antiquados e até
cômicos.
Tradução Clara Allain
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