|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Atriz dirigirá Sharon Stone
ADRIANE GRAU
em San Francisco
Filha do cineasta John Huston e
ex-mulher de Jack Nicholson, Anjelica Huston, 46, parece especialista em driblar dificuldades.
Primeiro foi a gravidez de uma
namorada de Nicholson, que, em
1990, pôs fim ao casamento de 17
anos.
No ano passado, foi a recusa de
Ted Turner, chairman da CNN e
vice-presidente da Time Warner,
em levar ao ar "Marcas do Silêncio", estréia da atriz na direção.
Durante a estréia norte-americana do longa, no Festival de Cinema
do American Film Institute, no
ano passado, a atriz falou, em entrevista à Folha, que só havia feito
o filme porque achava a história
impressionante. "Nunca havia
pensado em explorar o assunto só
por causa da polêmica."
Experimentar a direção foi, segundo ela, um passo natural em
sua carreira. "Foi só cruzar meus
dedos e saltar no vácuo."
Segundo Huston, a rejeição do
filme por ordem direta de Turner é
apenas um "não" a mais entre os
muitos que escutou. "É terrível ser
atriz. Na verdade, tudo se resume
ao meu visual."
"Marcas do Silêncio" acabou
sendo exibido duas vezes no canal
de TV a cabo norte-americano
Showtime, em dezembro de 96.
Prova de que incesto e sexo envolvendo menores continua tabu
nos EUA é a recente censura de
"Lolita". O diretor Adrian Lyne
não conseguiu distribuidor para o
filme, baseado em livro de Vladimir Nabokov, sobre um padrasto
que seduz a enteada de 12 anos.
Huston está agora em Paris,
atuando em "Cinderela". No próximo ano, estréia "Breakers", filme em que ela interpreta uma
trambiqueira que arma um casamento milionário para a filha.
Disposta a dirigir novamente, a
atriz se prepara para rodar "A Cup
of Tea", filme em que também
atuará. Kristin Scott-Thomas e
Sharon Stone estão no elenco do
longa, sobre um triângulo amoroso em Nova York, durante a Primeira Guerra Mundial.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|