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Independente, evento enfrenta indústria "Golias"
DA REVISTA DA FOLHA
O lema punk se estende à organização do festival e à escalação dos artistas nacionais, a
maioria independentes. Segundo seus mentores, o Indie Hip
Hop é uma espécie de resposta
às duas únicas linhas de eventos de rap produzidos no Brasil: os de ingressos caros ou os
gratuitos com pouca estrutura.
"Nenhum problema com um
extremo ou outro, mas o lance
é que falta o caminho do meio",
acha Rodrigo Brandão, 31, integrante do Mamelo Sound
System e organizador.
Para quem chegou agora, o
fim de semana é a oportunidade ideal para sacar o que é (e
quem compõe) a chamada nova escola do hip hop do eixo
Rio-São Paulo. Já para os iniciados, olho em alguns nomes
mais frescos, que já chamam
atenção: Cindy, uma MC de 16
anos que se arrisca no freestyle,
e Diego, promessa do beatbox
(sons feitos com a boca).
Em sua terceira edição, o Indie Hip Hop já trouxe ao país
outros nomes do underground
americano, como Blackalicious, no ano passado, e o MC
Lyrics Born, em 2002. "A nossa
condição perante à indústria é
de Davi versus Golias. Enquanto ela está lá, gigantona, um
Davizinho sozinho não consegue nada. Juntando uns 20 Davis já somos pelo menos um
quinto do Golias...", diz Brandão.
(LM)
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