São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

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Independente, evento enfrenta indústria "Golias"

DA REVISTA DA FOLHA

O lema punk se estende à organização do festival e à escalação dos artistas nacionais, a maioria independentes. Segundo seus mentores, o Indie Hip Hop é uma espécie de resposta às duas únicas linhas de eventos de rap produzidos no Brasil: os de ingressos caros ou os gratuitos com pouca estrutura.
"Nenhum problema com um extremo ou outro, mas o lance é que falta o caminho do meio", acha Rodrigo Brandão, 31, integrante do Mamelo Sound System e organizador.
Para quem chegou agora, o fim de semana é a oportunidade ideal para sacar o que é (e quem compõe) a chamada nova escola do hip hop do eixo Rio-São Paulo. Já para os iniciados, olho em alguns nomes mais frescos, que já chamam atenção: Cindy, uma MC de 16 anos que se arrisca no freestyle, e Diego, promessa do beatbox (sons feitos com a boca).
Em sua terceira edição, o Indie Hip Hop já trouxe ao país outros nomes do underground americano, como Blackalicious, no ano passado, e o MC Lyrics Born, em 2002. "A nossa condição perante à indústria é de Davi versus Golias. Enquanto ela está lá, gigantona, um Davizinho sozinho não consegue nada. Juntando uns 20 Davis já somos pelo menos um quinto do Golias...", diz Brandão. (LM)


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