São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2000


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Versão para o cinema da HQ com 60 milhões de fãs em todo o mundo estréia hoje nas salas do país
Impacto de Wolverine já afia sequência de "X-Men'

Divulgação
Hugh Jackman, o Wolverine de X-Men



O ator australiano Hugh Jackman, sucesso do longa, confirma continuação do filme


SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

O principal temor de Bryan Singer quando falou à Folha há alguns dias era: "Será que os fãs vão gostar?". O diretor de "X-Men - O Filme", que já tinha surpreendido Hollywood com "Os Suspeitos", tinha motivos para temer.
A legião de seguidores dos quadrinhos criados por Stan Lee nos anos 60 e cuja versão cinematográfica estréia hoje no Brasil é numerosa e barulhenta -estima-se em 60 milhões de pessoas, que inundam sites com fervor maior do que o dos trekkies (os fãs da série "Jornada nas Estrelas").
Pois deu tudo certo. Desde que estreou nos EUA, em 16 de julho, "X-Men" já rendeu US$ 150 milhões, US$ 57 milhões só no fim-de-semana de estréia -foi o segundo maior fim-de-semana do ano e o quarto maior da história.
E, se depender da reação da platéia feminina, a maior parte do sucesso deve-se ao ator Hugh Jackman, que interpreta o Wolverine. Australiano, 32, casado com a atriz Deborra-Lee Furness, foi descoberto pelos olheiros da Fox quando trabalhava no musical "Oklahoma", em 1999.
É seu terceiro longa para cinema, mas o primeiro em Hollywood. Agora, prepara-se para filmar "Swordfish", dirigido pelo mesmo Dominic Sena de "60 Segundos", um thriller de espionagem com John Travolta. Além, é claro, da continuação de "X-Men" -sim, todo o elenco já assinou para trabalhar na sequência. Leia trechos de sua entrevista:

Folha - É enervante interpretar um personagem com tantos fãs?
Hugh Jackman -
Não, acreditei no roteiro logo de cara. A novidade foi filmar com um grande estúdio. Tem muita gente assistindo ao seu trabalho, mil reuniões, é tudo muito discutido, produzido.

Folha - Há uma nova onda de atores australianos em Hollywood?
Jackman -
Graças a Deus! O mercado de filmes na Austrália tem crescido, não é preciso mudar de país para ter uma carreira. Mas vir para os EUA, fazer um filme em Hollywood, uma peça na Broadway é o sonho de grande parte dos atores e atrizes. Era o meu.

Folha - O que houve de preparo especial para o Wolverine?
Jackman -
Já tinha visto muita coisa sobre ele, mas o diretor pediu que eu não lesse mais nada enquanto estivesse preparando o personagem. O pior foi a parte física: tinha de estar em forma e aprender as coreografias das lutas. Foi a coisa mais difícil que fiz até agora. E olha que eu já fiz musicais na Broadway, tinha de cantar e dançar ao vivo, toda noite!

Folha - Por que não ler a HQ?
Jackman -
Bryan Singer achava que ter uma base só de leituras poderia fazer o ator tender a interpretar de um jeito não-natural, como se fosse teatro infantil.

Folha - O personagem parece pouco desenvolvido no filme...
Jackman -
O background do Wolverine é obscuro neste primeiro filme. Ele tem um sonho, em que aparece sendo objeto de experimentações, que foi quando as garras de metal foram colocadas no corpo dele, mas isso só vai ser melhor explicado no próximo.

Folha - E quem fez essas experiências? Os nazistas?
Jackman -
Não, um grupo militar. Mas é só isso que eu posso revelar (risos). Acho que o grande assunto do filme é o preconceito. Todos sofreram algum preconceito e reagem a isso. O Wolverine resolve levar uma vida errante, sem intimidade com ninguém.


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