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Sociedade surgiu em 1942
da Sucursal do Rio
A UBC foi criada em junho de
1942, no Rio. Mais famoso autor
do país à época, compositor dos
clássicos "Aquarela do Brasil",
"Folha Morta" e "Na Baixa do Sapateiro", Ary Barroso ocupou a
primeira presidência.
Barroso procurou se cercar de
compositores talentosos. Seus
primeiros diretores foram Braguinha (autor, com Pixinguinha,
de "Carinhoso"), Benedito Lacerda (também parceiro de Pixinguinha) e Davi Nasser.
Até a década de 50, a UBC teve a
diretoria composta por significativos autores da canção popular
nacional, como Lamartine Babo,
Ataulpho Alves, Alberto Ribeiro,
Alcyr Pires Vermelho e Humberto Teixeira.
Com a morte ou o afastamento
dos mestres das questões relacionadas à entidade e à categoria, a
UBC passou a ser dirigida por
compositores pouco conhecidos.
Durante quatro décadas, a sociedade arrecadadora teve em
seus cargos diretivos autores pouco representativos do que era feito na MPB e de influência reduzida na questão do pagamento de
direitos autorais.
A UBC é a primeira sociedade
brasileira de compositores com
vaga fixa nas assembléias da Cisac
(Confederação Internacional das
Sociedades de Autores e Compositores), realizadas desde 1946.
A entidade participa ainda do
Comitê Ibero-Americano da Cisac. O secretário-geral da UBC,
Fernando Brant, e a superintendente-executiva, Vanisa Santiago,
são membros da Conselho de Administração da entidade internacional.
Para denunciar a sonegação do
pagamento dos direitos autorais,
a nova diretoria da UBC, em conjunto com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e demais sociedades arrecadadoras, prepara uma campanha
de esclarecimento à população.
Os idealizadores da campanha
criaram frases que podem vir a se
tornar bordões da luta pelos direitos autorais. "Respeite quem ajuda a tornar essa vida menos cinzenta" e "Direito autoral: quem
paga é legal, quem não paga é fora-da-lei" são algumas dessas frases.
Outro texto compara a situação
local dos direitos autorais com a
da Argentina, que, mesmo com
"um quinto da população brasileira", paga "três vezes mais aos
seus compositores e artistas do
que o Brasil". O título do texto diz:
"Argentina 4 X 0 Brasil".
(ST)
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