São Paulo, Sábado, 11 de Setembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sociedade surgiu em 1942

da Sucursal do Rio

A UBC foi criada em junho de 1942, no Rio. Mais famoso autor do país à época, compositor dos clássicos "Aquarela do Brasil", "Folha Morta" e "Na Baixa do Sapateiro", Ary Barroso ocupou a primeira presidência.
Barroso procurou se cercar de compositores talentosos. Seus primeiros diretores foram Braguinha (autor, com Pixinguinha, de "Carinhoso"), Benedito Lacerda (também parceiro de Pixinguinha) e Davi Nasser.
Até a década de 50, a UBC teve a diretoria composta por significativos autores da canção popular nacional, como Lamartine Babo, Ataulpho Alves, Alberto Ribeiro, Alcyr Pires Vermelho e Humberto Teixeira.
Com a morte ou o afastamento dos mestres das questões relacionadas à entidade e à categoria, a UBC passou a ser dirigida por compositores pouco conhecidos.
Durante quatro décadas, a sociedade arrecadadora teve em seus cargos diretivos autores pouco representativos do que era feito na MPB e de influência reduzida na questão do pagamento de direitos autorais.
A UBC é a primeira sociedade brasileira de compositores com vaga fixa nas assembléias da Cisac (Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores), realizadas desde 1946.
A entidade participa ainda do Comitê Ibero-Americano da Cisac. O secretário-geral da UBC, Fernando Brant, e a superintendente-executiva, Vanisa Santiago, são membros da Conselho de Administração da entidade internacional.
Para denunciar a sonegação do pagamento dos direitos autorais, a nova diretoria da UBC, em conjunto com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e demais sociedades arrecadadoras, prepara uma campanha de esclarecimento à população.
Os idealizadores da campanha criaram frases que podem vir a se tornar bordões da luta pelos direitos autorais. "Respeite quem ajuda a tornar essa vida menos cinzenta" e "Direito autoral: quem paga é legal, quem não paga é fora-da-lei" são algumas dessas frases.
Outro texto compara a situação local dos direitos autorais com a da Argentina, que, mesmo com "um quinto da população brasileira", paga "três vezes mais aos seus compositores e artistas do que o Brasil". O título do texto diz: "Argentina 4 X 0 Brasil". (ST)


Texto Anterior: MPB volta a cuidar, 40 anos depois, da MPB
Próximo Texto: Produção dos diretores continua além da sociedade
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.