da Redação

"Jamiroquai é uma palavra enigmática. Lembra coisa astral, parte terra, parte anjos."
O palpite é da advogada e professora Yolanda Andrade Souza Aranha, 50, que como dezenas de pessoas entrevistadas pela Folha não conhecia a banda de origem inglesa, maior atração do Free Jazz Festival.
Assim como muitos dos entrevistados, abordados em locais tão distintos quanto o shopping Iguatemi e a praça da Sé, a advogada disse acreditar que Jamiroquai seria referência a "algo do céu".
Para o modelo Lourenço Alvarenga, 20, que disse não ter idéia do que significava a palavra, o nome do grupo teria relação com "extraterrestres".
"É o ET de Varginha?", retrucou o vendedor de anúncios José Santos, 28, para emendar: "É música, é de comer, espanta mosquito?".
Quando soube que Jamiroquai é uma banda estrangeira, Santos justificou: "A Bahia é que é o berço da música", disse o baiano.
Sentado em frente à igreja da Sé, o desempregado reagiu à pergunta com outra questão: "É alguma doença?". Alguns metros na frente, apoiado no marco zero da cidade, o frentista Dilson Ferreira, 60, disse não ter a "melhor idéia".
O vendedor de cachorros-quentes Izaias Leal, 31, apostou que Jamiroquai fosse algo ligado ao seu ramo. Ele diz que adora música, em especial rock, mas disse que o nome da banda "pode ser até nome de comida".
Muitos não acertaram mais chegaram próximos ao alvo. A estudante Vanessa Santos, 17, que estava sentada na praça Sílvio Romero, no Tatuapé (zona sudeste de São Paulo), falou que a palavra "lembra reggae".
O ritmo jamaicano não está entre os principais ingredientes do conjunto inglês -apesar de terem gravado "Drifting Alone" nesse registro.
Jamiroquai, e isso sabia a estudante Maria Paula Pessoa Wanderley, 14, dona de um CD do grupo, não é o cantor e líder do grupo, Jason Kay, mas o nome da banda, que resulta da junção do termo jazzístico "jam" com o nome de uma tribo de índios dos Estados Unidos, os Iroquais.



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