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Morre o "demônio da garoa" Arnaldo Rosa
da Reportagem Local
Morreu ontem às 12h15, em São
Paulo, o músico Arnaldo Rosa,
72, crooner do grupo Demônios
da Garoa. Ele havia sido internado anteontem no Hospital São
Lucas. Fundador do grupo, Arnaldo tinha cirrose. A doença crônica acabou por provocar uma
hemorragia digestiva. O enterro
será hoje, às 11h, no Cemitério
Quarta Parada (zona leste).
"É uma tristeza para a gente. O
Arnaldo era peça fundamental,
com aquele humor dele", disse
Roberto Barbosa, o Canhotinho,
membro da atual formação.
"Ele era a identidade do grupo",
afirma Odilon Mario Cardoso, 55,
empresário do conjunto. Arnaldo
estava relativamente afastado do
grupo desde novembro de 1998.
Com um problema na coluna, tomou remédios que atacaram o fígado. "Desde que eu o conheço,
tinha problema no fígado. O Arnaldo não bebia", disse Odilon.
Os Demônios da Garoa nasceram como Grupo do Luar, fazendo serenatas na Mooca, integrado
por Arnaldo (voz e ritmo), Artur
Bernardo (violão), Cláudio Rosa
(pandeiro), Francisco Paulo Galo
(tam-tam) e Antônio Gomes Neto, o Toninho (violão tenor), esse
ainda membro dos Demônios.
O novo nome foi adotado em
1943, após o grupo vencer um
concurso de calouros. Em 1951, o
conjunto foi campeão do Carnaval paulista com o samba "Malvina", de Adoniran Barbosa. São de
Adoniran os maiores sucessos do
grupo, como "Saudosa Maloca",
"Samba do Arnesto" (1954) e
"Trem das Onze" (1964).
Em abril, um novo disco dos
Demônios será lançado. Arnaldo
canta em 9 das 12 faixas. O conjunto deve seguir atuando. Arnaldo deixa mulher, Luiza Auricchio,
e os filhos Serginho (membro da
atual formação) e Sônia.
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