São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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Morre o "demônio da garoa" Arnaldo Rosa

da Reportagem Local


Morreu ontem às 12h15, em São Paulo, o músico Arnaldo Rosa, 72, crooner do grupo Demônios da Garoa. Ele havia sido internado anteontem no Hospital São Lucas. Fundador do grupo, Arnaldo tinha cirrose. A doença crônica acabou por provocar uma hemorragia digestiva. O enterro será hoje, às 11h, no Cemitério Quarta Parada (zona leste).
"É uma tristeza para a gente. O Arnaldo era peça fundamental, com aquele humor dele", disse Roberto Barbosa, o Canhotinho, membro da atual formação.
"Ele era a identidade do grupo", afirma Odilon Mario Cardoso, 55, empresário do conjunto. Arnaldo estava relativamente afastado do grupo desde novembro de 1998. Com um problema na coluna, tomou remédios que atacaram o fígado. "Desde que eu o conheço, tinha problema no fígado. O Arnaldo não bebia", disse Odilon.
Os Demônios da Garoa nasceram como Grupo do Luar, fazendo serenatas na Mooca, integrado por Arnaldo (voz e ritmo), Artur Bernardo (violão), Cláudio Rosa (pandeiro), Francisco Paulo Galo (tam-tam) e Antônio Gomes Neto, o Toninho (violão tenor), esse ainda membro dos Demônios.
O novo nome foi adotado em 1943, após o grupo vencer um concurso de calouros. Em 1951, o conjunto foi campeão do Carnaval paulista com o samba "Malvina", de Adoniran Barbosa. São de Adoniran os maiores sucessos do grupo, como "Saudosa Maloca", "Samba do Arnesto" (1954) e "Trem das Onze" (1964).
Em abril, um novo disco dos Demônios será lançado. Arnaldo canta em 9 das 12 faixas. O conjunto deve seguir atuando. Arnaldo deixa mulher, Luiza Auricchio, e os filhos Serginho (membro da atual formação) e Sônia.


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