da Redação

Dez anos após "Tempo de Matar", chega hoje ao Brasil o décimo romance do escritor americano John Grisham, "The Testament" ("O Testamento"), ainda em inglês.
Segundo a editora Rocco, responsável pela publicação do livro aqui no Brasil, "The Testament" ainda está em fase de tradução, sendo previsto seu lançamento em português apenas para o próximo semestre.
O livro conta a história de Troy Phelan, um empresário excêntrico, dono de uma fortuna de US$ 11 bilhões, que está confinado a uma cadeira de rodas. Seus seis filhos e suas três ex-mulheres apenas esperam sua morte para abocanhar a herança.
Phelan sabe bem disso, mas, aos 78 anos, não se importa de morrer -até anseia por isso.
Parte da obra se passa aqui no Brasil, mais especificamente no Pantanal. Rachel Lane, a filha bastarda do bilionário, que, de acordo com seus últimos desejos, ficará com quase toda a fortuna de Phelan, é missionária numa aldeia indígena perdida nas matas brasileiras.
Grisham já foi traduzido em 29 línguas e tem seis adaptações de seus livros para o cinema ("A Firma", "Dossiê Pelicano", "O Cliente", "Tempo de Matar", "O Homem Que Fazia Chover" e "A Câmara de Gás"). Seu último best seller, "O Advogado", já vendeu mais de 20 mil exemplares.

Livro: The Testament
Autor: John Grisham
Lançamento: Doubleday (em inglês)
Quanto: R$ 47 (435 págs.)
Onde comprar: www.livcultura.com.br

TRECHO

Um garoto que não devia ter mais de 15 anos apareceu em meio ao mato, numa canoa minúscula feita de um tronco de árvore. Com um remo de fabricação caseira, avançou pela água em alta velocidade, com facilidade espantosa. "Bom dia", disse, sorrindo. O rostinho era moreno, quadrado e, aos olhos de Nate, o mais bonito que via havia anos. Ele jogou uma corda e amarrou um barco ao outro.
Começou uma conversa demorada e preguiçosa. Depois de algum tempo, Nate ficou agitado. "O que ele está dizendo?" perguntou a Jevy, irritado.
O garoto olhou para Nate, e Jevy lhe disse: "Americano".
"Ele falou que estamos muito longe do rio Cabixa", disse Jevy.
"Isso até eu já sabia."
"Que o Paraguai fica a meio dia de distância em direção leste."
"Meio dia de canoa, certo?"
"Não, de avião."
"Gozado. Quanto tempo vamos levar para chegar lá?"
"Umas quatro horas."