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Juiz afirma que
vai continuar
fiscalizando
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo que as emissoras
ganhem na Justiça a batalha
contra a portaria 796, o Ministério Público ainda terá
como tentar interferir na
programação quando achar
que algum programa é inadequado para o horário.
Esta é opinião de Siro Darlan, juiz-titular da 1ª Vara da
Infância e Juventude do Rio
de Janeiro, famoso por várias disputas judiciais contra
a Rede Globo.
"Ainda que a portaria 796
e o Estatuto da Criança e do
Adolescente fossem anulados, teríamos como agir
quando houvesse excesso.
Isso dificultaria, mas não inviabilizaria nossa ação", afirma. "Temos o artigo 227 da
Constituição, que determina
ser obrigação do Estado, da
família e da sociedade assegurar à criança e ao adolescente vários direitos, entre
eles o do respeito e da dignidade", diz Darlan.
Para ele, a portaria 796 foi
um "mal necessário" na tentativa de garantir a qualidade da programação na televisão. "Também sou contra
censura, imposição. Mas há
muitos absurdos na televisão brasileira", diz.
Darlan também desaprova
a atitude do PTB de tentar
anular na Justiça o artigo 254
do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), que prevê multa às emissoras que
não respeitarem os horário
de exibição dos programas.
"É lamentável que um partido político vá contra o
ECA", afirmou.
Funk
Para Siro Darlan, um dos
problemas atuais na televisão é o espaço que as emissoras vêm dando ao "movimento" funk. Ele critica a
frequente transmissão de
danças e músicas "com apelo erótico".
(LM)
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