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Ator já foi office boy
free-lance para a Folha
Depois de ter vendido
presunto e trabalhado como office boy em uma corretora de valores, Pedro
Cardoso chegou ao teatro.
Na época, com 18 anos,
era operador de luz, tornando-se em seguida ator e autor teatral.
Sem cursar escolas de teatro, destacando a parceria
com o "mestre" Amir Hadad (que supervisiona a peça), Pedro entrou na TV em
1985, como um dos autores
do programa "TV Pirata".
Até 1994, com o crescente
sucesso teatral e autoria de
trabalhos televisivos, Pedro
admite que, como ator, as
coisas começaram tardiamente na TV.
"Era um autor vigoroso,
mas ator secundário. Entrei
na TV junto com o pessoal
do "Casseta e Planeta", o
Mauro Rasi, enfim toda
uma galera que a TV importou do teatro. Além de autor, fiz muitos trabalhos como ator na TV, mas comecei a ter destaque há cinco
anos, a partir da novela "Pátria Minha'", diz Cardoso.
Casado, pai de duas filhas,
com condição "infinitamente mais estável que no
início de carreira", Pedro
Cardoso não aceita ser chamado de ator global.
"Não sou ator global. Global é o veículo ou a pessoa
que vê meu trabalho apenas
pela TV. Pela minha biografia renego esse rótulo, porque tenho uma carreira de
15 anos antes da Globo, e
não é algo inexpressivo.
Não sou ator global, sou um
ator que trabalha na Globo,
no teatro etc. E é mais fácil a
Globo virar eu no programa
que estiver fazendo do que
eu virar a Globo."
Primo de segundo grau do
presidente Fernando Henrique, hoje, além da peça,
Pedro lidera com Luís Fernando Guimarães o programa "Vida ao Vivo Show",
que, de acordo com ele, já
esteve melhor.
"No primeiro ano, no
"Fantástico", o programa era
menor, mais redondo. E
quanto ao gênero, ligado à
comédia de costumes, é algo que a TV precisa", diz.
Dividindo seu tempo entre as gravações dos programas, os espetáculos teatrais
e "as coisas da vida", Pedro
admite estar escrevendo para teatro, além de preparar
projetos para a TV.
"É tudo surpresa. Prefiro
agir a esperar que me enquadrem na programação.
Afinal de contas, eles também me pagam", diz.
(CCP)
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