São Paulo, Sexta-feira, 12 de Março de 1999
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Ator já foi office boy

free-lance para a Folha

Depois de ter vendido presunto e trabalhado como office boy em uma corretora de valores, Pedro Cardoso chegou ao teatro.
Na época, com 18 anos, era operador de luz, tornando-se em seguida ator e autor teatral.
Sem cursar escolas de teatro, destacando a parceria com o "mestre" Amir Hadad (que supervisiona a peça), Pedro entrou na TV em 1985, como um dos autores do programa "TV Pirata".
Até 1994, com o crescente sucesso teatral e autoria de trabalhos televisivos, Pedro admite que, como ator, as coisas começaram tardiamente na TV.
"Era um autor vigoroso, mas ator secundário. Entrei na TV junto com o pessoal do "Casseta e Planeta", o Mauro Rasi, enfim toda uma galera que a TV importou do teatro. Além de autor, fiz muitos trabalhos como ator na TV, mas comecei a ter destaque há cinco anos, a partir da novela "Pátria Minha'", diz Cardoso.
Casado, pai de duas filhas, com condição "infinitamente mais estável que no início de carreira", Pedro Cardoso não aceita ser chamado de ator global.
"Não sou ator global. Global é o veículo ou a pessoa que vê meu trabalho apenas pela TV. Pela minha biografia renego esse rótulo, porque tenho uma carreira de 15 anos antes da Globo, e não é algo inexpressivo. Não sou ator global, sou um ator que trabalha na Globo, no teatro etc. E é mais fácil a Globo virar eu no programa que estiver fazendo do que eu virar a Globo."
Primo de segundo grau do presidente Fernando Henrique, hoje, além da peça, Pedro lidera com Luís Fernando Guimarães o programa "Vida ao Vivo Show", que, de acordo com ele, já esteve melhor.
"No primeiro ano, no "Fantástico", o programa era menor, mais redondo. E quanto ao gênero, ligado à comédia de costumes, é algo que a TV precisa", diz.
Dividindo seu tempo entre as gravações dos programas, os espetáculos teatrais e "as coisas da vida", Pedro admite estar escrevendo para teatro, além de preparar projetos para a TV.
"É tudo surpresa. Prefiro agir a esperar que me enquadrem na programação. Afinal de contas, eles também me pagam", diz. (CCP)


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