São Paulo, Sexta-feira, 12 de Março de 1999
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O DIRETOR
Oscar mostra mudança

da Redação

Antes de realizar "Deuses e Monstros", que custou apenas US$ 3 milhões, Bill Condon havia dirigido "Segredo em Família" ("Sister, Sister") e mostrado sua fascinação pelo universo dos filmes de terror em "Candyman 2 - A Vingança". Seu próximo projeto é "Vicki Oberjeune", outra história de Hollywood.
Para ele, as indicações de filmes pequenos como o seu ao Oscar mostram mudanças. Leia a seguir trechos de sua entrevista à Folha, por telefone, de Los Angeles.

Folha - Por que você decidiu fazer um filme sobre James Whale?
Bill Condon -
Primeiro, foram seus filmes. Amava seus filmes, são extraordinários. Ele tinha uma visão muito específica e idiossincrática. E eu conheço muitas pessoas em Los Angeles que conviveram com ele. Então eu sempre ouvi ótimas histórias sobre Whale. E tudo me levou ao livro "The Father of Frankenstein", de Christopher Bram.
Folha - Ele sofreu por ser homossexual naquele tempo?
Condon -
Não, na verdade, não. Na época, as pessoas não se importavam muito com a intimidade das outras.
Além de "Deuses e Monstros", outros filmes pequenos, como "Central do Brasil" e "A Vida É Bela", conseguiram emplacar no Oscar. Você acha que algo mudou?
Condon -
Eu acho, porque já faz alguns anos que isso vem acontecendo. As pessoas perceberam que o trabalho mais interessante vem dos lugares onde não há tantas pressões comerciais. Mas esses filmes pequenos não decolam de imediato, leva algum tempo.


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