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O DIRETOR
Oscar mostra mudança
da Redação
Antes de realizar "Deuses
e Monstros", que custou
apenas US$ 3 milhões, Bill
Condon havia dirigido "Segredo em Família" ("Sister,
Sister") e mostrado sua fascinação pelo universo dos
filmes de terror em "Candyman 2 - A Vingança". Seu
próximo projeto é "Vicki
Oberjeune", outra história
de Hollywood.
Para ele, as indicações de
filmes pequenos como o seu
ao Oscar mostram mudanças. Leia a seguir trechos de
sua entrevista à Folha, por
telefone, de Los Angeles.
Folha - Por que você decidiu fazer um filme sobre James Whale?
Bill Condon - Primeiro, foram seus filmes. Amava
seus filmes, são extraordinários. Ele tinha uma visão
muito específica e idiossincrática. E eu conheço muitas pessoas em Los Angeles
que conviveram com ele.
Então eu sempre ouvi ótimas histórias sobre Whale.
E tudo me levou ao livro
"The Father of Frankenstein", de Christopher Bram.
Folha - Ele sofreu por ser
homossexual naquele tempo?
Condon - Não, na verdade, não. Na época, as pessoas não se importavam
muito com a intimidade das
outras.
Além de "Deuses e Monstros", outros filmes pequenos, como "Central do Brasil" e "A Vida É Bela", conseguiram emplacar no Oscar.
Você acha que algo mudou?
Condon - Eu acho, porque
já faz alguns anos que isso
vem acontecendo. As pessoas perceberam que o trabalho mais interessante
vem dos lugares onde não
há tantas pressões comerciais. Mas esses filmes pequenos não decolam de
imediato, leva algum tempo.
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