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ARTE ELETRÔNICA
Série de especiais está em cartaz no CCBB
Mostra exibe videorretrospectiva sobre ícones da expressão digital
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com uma câmera na mão e várias mostras na cabeça, Elaine
Mattos, produtora-executiva do
"Janela Eletrônica", único programa voltado à arte digital da TV
brasileira, percebeu que já era hora de montar a sua.
Para isso, juntou fitas com o
melhor destes dois primeiros
anos do programa, que vai ao ar
todas as segundas, às 20h30, no
STV; produziu uma série de especiais, em vídeo, dos principais artistas da área; e, de quebra, arrebanhou uma instalação inédita de
Lucas Bambozzi para acompanhar a sua "1ª Mostra de Arte Eletrônica", que abre hoje, no Centro
Cultural Banco do Brasil de São
Paulo. Organizada em parceria
com Didado Azambuja, parceiro
de Mattos no "Janela Eletrônica",
a retrospectiva fica em cartaz até
dia 24, no cinema do CCBB.
Entre os artistas contemplados
na série "A Arte de...", documentários de 50 a 60 minutos de duração que serão exibidos diariamente no espaço, estão, entre outros, Rachel Rosalen, Giselle Beiguelman, o animador Carlos
Eduardo Nogueira, o videoartista
Wagner Morales, Carlos Nader e
Kiko Goifman, estes dois mais conhecidos pelos documentários.
"A gente está discutindo aspectos da arte eletrônica que até então não vinham sendo discutidos.
Muitas vezes, o documentário
não é considerado arte eletrônica,
ainda que a maioria dos documentaristas tenham começado na
videoarte e depois migrado para o
documentário", justifica Mattos.
"Muitas pessoas ainda não se
acostumaram com a arte eletrônica. Antes as coisas tinham um rótulo mais certinho: a videoarte, o
documentário, a animação..."
Pois bem, o que é arte eletrônica? "Arte eletrônica são trabalhos
digitais, onde há manipulação de
imagens e uma mistura de vários
suportes: animação, CD-Rom, vídeo, 35 mm. A criatividade é o limite", explica Mattos.
Manipuladores de imagens por
excelência, integrantes do coletivo Bijari promovem, nos dias 23 e
24, um workshop sobre o seu trabalho como VJs de eletrônica.
"Pêndulo", a instalação de Bambozzi que interage com os visitantes por meio de sensores de som e
movimento, ficará no hall do
CCBB até o encerramento do
evento. No dia 20, o artista participa de um debate com Rachel Rosalen. No dia 22, é a vez de Goifman e Nader abordarem a questão do documentário na arte eletrônica.
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