São Paulo, terça-feira, 12 de abril de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ARTE ELETRÔNICA

Série de especiais está em cartaz no CCBB

Mostra exibe videorretrospectiva sobre ícones da expressão digital

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma câmera na mão e várias mostras na cabeça, Elaine Mattos, produtora-executiva do "Janela Eletrônica", único programa voltado à arte digital da TV brasileira, percebeu que já era hora de montar a sua.
Para isso, juntou fitas com o melhor destes dois primeiros anos do programa, que vai ao ar todas as segundas, às 20h30, no STV; produziu uma série de especiais, em vídeo, dos principais artistas da área; e, de quebra, arrebanhou uma instalação inédita de Lucas Bambozzi para acompanhar a sua "1ª Mostra de Arte Eletrônica", que abre hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. Organizada em parceria com Didado Azambuja, parceiro de Mattos no "Janela Eletrônica", a retrospectiva fica em cartaz até dia 24, no cinema do CCBB.
Entre os artistas contemplados na série "A Arte de...", documentários de 50 a 60 minutos de duração que serão exibidos diariamente no espaço, estão, entre outros, Rachel Rosalen, Giselle Beiguelman, o animador Carlos Eduardo Nogueira, o videoartista Wagner Morales, Carlos Nader e Kiko Goifman, estes dois mais conhecidos pelos documentários.
"A gente está discutindo aspectos da arte eletrônica que até então não vinham sendo discutidos. Muitas vezes, o documentário não é considerado arte eletrônica, ainda que a maioria dos documentaristas tenham começado na videoarte e depois migrado para o documentário", justifica Mattos.
"Muitas pessoas ainda não se acostumaram com a arte eletrônica. Antes as coisas tinham um rótulo mais certinho: a videoarte, o documentário, a animação..."
Pois bem, o que é arte eletrônica? "Arte eletrônica são trabalhos digitais, onde há manipulação de imagens e uma mistura de vários suportes: animação, CD-Rom, vídeo, 35 mm. A criatividade é o limite", explica Mattos.
Manipuladores de imagens por excelência, integrantes do coletivo Bijari promovem, nos dias 23 e 24, um workshop sobre o seu trabalho como VJs de eletrônica.
"Pêndulo", a instalação de Bambozzi que interage com os visitantes por meio de sensores de som e movimento, ficará no hall do CCBB até o encerramento do evento. No dia 20, o artista participa de um debate com Rachel Rosalen. No dia 22, é a vez de Goifman e Nader abordarem a questão do documentário na arte eletrônica.


Texto Anterior: Arquitetura: NY une formas de Calatrava em exposição
Próximo Texto: História: Especial retrata os "soldados da borracha"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.