São Paulo, Segunda-feira, 12 de Abril de 1999
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Período foi de progresso

do enviado especial ao Recife

Muita gente defende a teoria de que os 24 anos de ocupação holandesa do Recife provam a tese de que um tipo de colonização do Brasil diferente do modelo português poderia ter garantido ao país um grau de desenvolvimento muito superior ao que obteve.
É uma tese difícil de ser comprovada pelo simples fato de que não há como refazer a história.
Mas é impossível negar que o Recife holandês foi metrópole ativa, produtiva, inovadora. O período deixou marcas que se mantiveram na cultura pernambucana por muito tempo.
Maria do Amparo Ferraz acha que, por exemplo, a Guerra dos Mascates e a Confederação do Equador foram produtos dos ideais de liberdade individual incutidos nos pernambucanos no período holandês.
O progresso do Recife em tão curto período de tempo foi ainda mais impressionante porque só durante sete anos (1637 a 1644) o governo holandês foi liderado por um político forte, Maurício de Nassau (1604-1679).
Ele construiu a primeira ponte, o primeiro observatório astronômico, a primeira cervejaria do hemisfério. Diferentemente dos colonizadores portugueses, trouxe ao Brasil cientistas e artistas. A cidade caiu sob o poder dos holandeses em fevereiro de 1630, quando uma esquadra de 56 navios atacou o litoral.
Durante quase todo o período de ocupação, o governo holandês foi acossado por portugueses que tentavam desalojá-lo.
Por seu lado, os holandeses também tentavam ampliar a área sob seu controle, tendo atacado áreas do Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e outros Estados da região.
Quando Nassau deixou Pernambuco, o governo holandês começou a se desagregar, até que, em 1654, forças portuguesas sob o comando de Francisco Barreto de Menezes o renderam. (CELS)




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