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Período foi de progresso
do enviado especial ao Recife
Muita gente defende a
teoria de que os 24 anos de
ocupação holandesa do Recife provam a tese de que
um tipo de colonização do
Brasil diferente do modelo
português poderia ter garantido ao país um grau de
desenvolvimento muito superior ao que obteve.
É uma tese difícil de ser
comprovada pelo simples
fato de que não há como refazer a história.
Mas é impossível negar
que o Recife holandês foi
metrópole ativa, produtiva,
inovadora. O período deixou marcas que se mantiveram na cultura pernambucana por muito tempo.
Maria do Amparo Ferraz
acha que, por exemplo, a
Guerra dos Mascates e a
Confederação do Equador
foram produtos dos ideais
de liberdade individual incutidos nos pernambucanos no período holandês.
O progresso do Recife em
tão curto período de tempo
foi ainda mais impressionante porque só durante sete anos (1637 a 1644) o governo holandês foi liderado
por um político forte, Maurício de Nassau (1604-1679).
Ele construiu a primeira
ponte, o primeiro observatório astronômico, a primeira cervejaria do hemisfério. Diferentemente dos
colonizadores portugueses,
trouxe ao Brasil cientistas e
artistas. A cidade caiu sob o
poder dos holandeses em
fevereiro de 1630, quando
uma esquadra de 56 navios
atacou o litoral.
Durante quase todo o período de ocupação, o governo holandês foi acossado
por portugueses que tentavam desalojá-lo.
Por seu lado, os holandeses também tentavam ampliar a área sob seu controle, tendo atacado áreas do
Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e outros Estados da região.
Quando Nassau deixou
Pernambuco, o governo holandês começou a se desagregar, até que, em 1654,
forças portuguesas sob o
comando de Francisco Barreto de Menezes o renderam.
(CELS)
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