São Paulo, Segunda-feira, 12 de Abril de 1999
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Filme é um desperdício

da Redação

Depois da eficiência que havia demonstrado para narrar a vida de músicos menos famosos com o filme "Selena", o diretor Gregory Nava resolveu registrar a conturbada carreira do cantor Frankie Lymon em "Porque o Amor Enlouquece".
Em vez de se ater aos aspectos biográficos, o diretor tentou ser engraçado e se perdeu num estilo proustiano de contar uma história, fazendo um desconexo pingue-pongue narrativo entre acontecimentos dos anos 60 e 80.
Na vida real, Lymon era o líder do grupo The Teenagers, desde os 13 anos. Foi com essa idade que ele gravou "Why Do Fools Fall in Love" e pavimentou o caminho para que outras estrelas adolescentes surgissem no pop. Lymon morreu aos 26 anos de overdose.
Entre o estrelato com o grupo -que durou apenas 18 meses- e sua morte, o cantor colecionou três mulheres. É sob o ponto de vista das "viúvas" que a trama é apresentada e é estopim para que o diretor procure transformar em cômica uma situação trágica.
Perdido na falta de um objetivo definido, o filme é um desperdício, pois tinha uma boa história. O problema é que o diretor se achou capaz de melhorá-la. (EF)


Avaliação:





Filme: Porque o Amor Enlouquece
Título original: Why Do Fools Fall in Love
Produção: EUA, 1998, 100 min
Direção: Gregory Nava
Com: Larenz Tate, Halle Berry e Vivica A. Fox




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