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Globo leva aparelho digital para
o interior de São Paulo neste mês
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto o governo não decide
qual será o padrão de transmissão
de TV digital aberta no Brasil, as
Organizações Globo começam a
entrar na nova era da televisão pelo cabo. A Globocabo anunciou
na quinta-feira que vai iniciar este
mês testes de TV digital interativa
com 250 assinantes da Net em Sorocaba (100 km de São Paulo).
Fruto de uma parceria entre a
Globocabo e a Microsoft, a experiência deve durar até o final do
ano e, dependendo dos resultados, a TV digital a cabo pode estar
disponível para o mercado a partir do início de 2002.
Uma caixa, chamada set-top-box, está sendo instalada na casa
de cada um dos 250 assinantes
que participarão do teste. O aparelho, semelhante aos decodificadores utilizados atualmente pelos
assinantes de TV a cabo, irá digitalizar o sinal por meio de um
software, o Microsoft TV. Isso deve possibilitar ao telespectador
uma série de novas experiências
com a televisão.
O controle remoto ganha inúmeras funções e pode ser usado,
por exemplo, para comprar o vestido da protagonista da novela,
escolher a câmera do jogo de futebol, ler um texto sobre o filme que
está sendo exibido, mandar mensagens pela tela e até fazer transações bancárias.
As empresas envolvidas no novo negócio não divulgaram uma
previsão de quanto esse produto
deve custar ao consumidor final.
Segundo a Globocabo, Sorocaba foi escolhida por ser uma cidade de médio porte, próxima a São
Paulo, e por ter uma população
social e economicamente representativa do universo brasileiro.
Os 250 assinantes escolhidos irão
participar de discussões de grupo
e terão uma central de atendimento exclusiva. A idéia é detectar as possíveis falhas do sistema e
perceber a relação do telespectador com a nova televisão.
Prioridade
A experiência de TV digital interativa no cabo certamente será
usada como base para o que deve
ser o maior investimento das Organizações Globo nos próximos
anos: a televisão digital aberta.
A mudança da transmissão analógica (que recebemos atualmente) para a digital não significa apenas ganho de qualidade de som,
imagem e interatividade.
Essa tecnologia representa uma
incalculável possibilidade de novos negócios. Dependendo do padrão de transmissão adotado pelo
governo (estão na briga o japonês,
o norte-americano e o europeu),
poderá haver transmissão móvel,
o que quer dizer que será possível
ver TV no carro, no ônibus e até
em celulares, o que amplia drasticamente o mercado da televisão.
(LAURA MATTOS)
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