São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2000


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LITERATURA
Para o Congresso Portugal-Brasil, foram convidados 52 autores
Brasileiros e portugueses se encontram no Porto

MÔNICA RODRIGUES DA COSTA
EDITORA DA FOLHINHA

Começa hoje e vai até o dia 14, na cidade do Porto, em Portugal, o encontro de escritores portugueses e brasileiros do Congresso Portugal-Brasil, Ano 2000. Essa é mais uma das sessões temáticas do evento, que teve início no ano passado e faz parte das comemorações dos 500 anos de Descobrimento do Brasil.
Foram convidados 52 autores, selecionados por Arnaldo Saraiva, professor e crítico de literatura da Universidade do Porto, pelo romancista João Almino, responsável pela escolha dos autores de ficção nacional, e pelo poeta Carlos Nejar, que selecionou autores da poesia brasileira.
Trata-se do primeiro grande encontro entre escritores do Brasil e de Portugal. Entre os portugueses, confirmaram presença Onésimo Teutónio Almeida, Maria Velho da Costa, A.M. Pires de Cabral, Mário de Carvalho, Fernando Echevarria, Urbano Tavares Rodrigues, Albano Martins, Rui Zink e Lidia Jorge, entre outros.
"Tivemos de ter em conta não só as qualidades literárias das obras dos convidados, mas a sua distribuição estético-estilística em prosa, poesia, crítica, além de critérios como o grau de conhecimento do escritor no outro país e a região de onde é o autor", explica Saraiva.
Entre os escritores brasileiros convidados estão os colunistas da Folha João Gilberto Noll, Marilene Felinto e Bernardo Carvalho e também Milton Hatoum, Alexei Bueno, Walnice Nogueira Galvão, Davi Arrigucci Jr. e Ivan Junqueira, entre outros.
Segundo Almino, procurou-se "não excluir autores mais novos e autores que, apesar do excelente trabalho, não estão ainda com esse trabalho reconhecido em Portugal, como Bernardo Carvalho, Rubens Figueiredo e Marilene Felinto". A escritora pernambucana está lançando o romance "Malmequer" e a novela "Obsceno Abandono".
Para João Almino, o "mais importante é tentar reverter a tendência das últimas décadas de falta de diálogo no espaço da língua portuguesa. Seria importante que esse encontro fosse visto como a primeira bienal de escritores do Brasil e de Portugal".


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