São Paulo, segunda-feira, 12 de outubro de 2009

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ANÁLISE

Cena de SP é cosmopolita e animadíssima

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A coisa está animada nos arraiais sonoros da Pauliceia. Se já há anos a cena musical paulistana tem-se revelado a mais variada, cosmopolita e experimental do Brasil, em 2009 o bicho está pegando.
O céu desta megalópole multirracial, multirregional e multinacional está aberto e nele reluzem astros de todos os cantos e harmonias. Curumins e Zumbis, Cachorros e Lobões, Mallus e Tiês, Rômulos e Camelos, Campos e Jenecis, Lulinas e Cidadãos Instigados.
"São Paulo me lembra aquele começo dos anos 80, aquela sensação de "vamos invadir essa merda'", disse Lobão à Folha no final de julho -ele que em 2008 mudou-se para a Pompeia, lendário bairro da juventude dos Mutantes, e fez o rock-exaltação "Song for Sampa" . Seu Jorge já havia chegado e o hermano Marcelo Camelo passeia tranquilamente de bermuda, com a new folk Mallu Magalhães, pelas ruas da Vila Madalena.

Noite animada
São Paulo não é apenas mercadão voraz, consumidor de tudo, mas também melting pot criativo. Com uma das noites mais animadas do mundo, que deixa no chinelo muita cidade americana e europeia -Nova York e Paris inclusive-, a Pauliceia tem uma oferta inesgotável de shows de pequenos e médios formatos, baladas eletrônicas, salsas, sambas, hip hop, maracatus, forrós e rock'n'roll. Casas alternativas como o Studio SP tornaram-se pontos de encontro e de geração de ideias musicais.
E a recente safra de discos nascidos em São Paulo tem sido animadora. Tiê, Céu, Cidadão Instigado, Gui Boratto, Arnaldo Antunes, Rômulo Fróes podem não agradar a todos, mas estão entre as melhores coisas lançadas neste ano.
E a cidade já adotou Lucas Santtana, o baiano de "Sem Nostalgia", que mora no Rio, mas não sai da garoa. Sábado, ele tocou com o Nouvelle Cuisine no Auditório do Ibirapuera e discotecou na night do Zé Pequeno, na Vila Madalena.


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