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Alberto Roca Montserrat, do Tapas, com uma paella de frutos do mar

JOSIMAR MELO
Colunista da Folha

O Tapas, novo restaurante e bar do Itaim, é uma tentativa de imbuir nos paulistanos o espírito festivo e gastronômico espanhol.
Na Espanha, come-se e bebe-se com fervor. Faz parte do ritual manter um ritmo tranquilo às refeições -e também depois delas, como mostra o hábito da sesta.
Esta cadência é sublinhada nos bares que oferecem as tapas, petiscos que acompanham a bebida: pães temperados, fatias de presunto, canapés ou simples azeitonas.
As tapas sustentam horas de conversa jogada fora, estimulada por taças de jerez ou vinho.
Na Espanha, a hora dos drinques e das tapas pode ser a tardezinha ou a madrugada. Em São Paulo, mesmo em horários diferentes, espera-se que prevaleça a noção de comer e beber pausadamente -e muito.
O local para tal ritual é uma casa com balcão e prateleiras de madeira escura, lembrando a Espanha, com uma varandona voltada para a rua. Ali são servidos os pratos concebidos por Alberto Roca Montserrat, 29, recém-chegado de Barcelona. Ele é sócio de Helio Saraiva Jr., 41, dono do bar Espírito Santo e do Image Club, que também pertence a Giancarlo Secci, 43, outro sócio do Tapas.
Sobre fatias de pão são servidos os presuntos serrano e Pata Negra (especialidades espanholas), camarão com alho e abobrinha e bacalhau com cebola e molho de tomate. Além das tapas, há porções de pratos típicos, como a tortilla (fritada de batata e cebola), o polvo no azeite com páprica -bem macio- e alguns pratos de arroz, como a paella de frutos do mar e o arroz com lula e camarões. Pratos razoavelmente preparados e acompanhados de uma oferta pequena, mas aproveitável, de vinhos espanhóis.

$ (até R$ 22); $$ (R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim