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CRÍTICA
Banderas combate monstros fajutos
BRUNO GARCEZ
da Redação
Estamos em 922 dC.. Antonio
Banderas é Ahmahd ibn Fahdalan, cortesão banido de Bagdá por
ter se envolvido com a mulher de
um poderoso local. Em suas andanças, esbarra em 12 guerreiros
vikings que se preparam para
uma nova batalha. Mas esse combate não será como os demais.
Primeiro porque o inimigo não
é um ser comum, mas sim uma
besta-fera, misto de homem e urso. Segundo porque, devido às
previsões da feiticeira que orienta
os passos dos vikings, um 13º cavaleiro terá de se juntar a eles. Mas
o novo combatente pode ser qualquer coisa, exceto um nórdico.
Pronto. Entra em cena o intrépido Banderas. A feiticeira resume o
que o galã espanhol representa no
cinema americano. Incapacitado
de viver nórdicos ou anglo-saxões, ele é o pau-para-toda-obra
quando se trata de interpretar tipos do Terceiro Mundo, sejam
eles árabes, cazaques, albaneses,
habitantes da Ilha de Páscoa ou
até mesmo brasileiros (não queriam ele para o papel de Senna?).
Como acontece desde que
abandonou Almodóvar e foi para
Hollywood, Banderas expõe limitado repertório de expressões.
Quando tenso, franze o senho.
Nos momentos de medo, arregala
os olhos e balança a cabeça.
Pois bem, partem os 12 vikings e
mais o 13º não-nórdico para salvar uma aldeia dos monstros que
a atacam regularmente. Criaturas
que metem menos medo do que a
Cuca do "Sítio do Pica-Pau Amarelo". Não se explica muito bem
como os maléficos bichanos surgiram e o que faz deles seres quase
indestrutíveis. Mas o diretor, John
McTiernam, de "Predador", não
se preocupou com isso. Só quis
saber de mostrar Banderas e seu
sotaque de "cucaracha" em sangrentas cenas de batalha. Sendo
assim, missão cumprida.
Avaliação:
Filme: O 13º Guerreiro
Título original: The 13th Warrior
Produção: EUA, 1999, 102 min
Com: Antonio Banderas, Diane Venora,
Dennis Storhoi, Vladimir Kulich e Omar
Sharif.
Quando: a partir de hoje, nos cines
Central Plaza 2, Butantã 3, Morumbi 4,
Paulista 4, Eldorado 5 e circuito
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