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LITERATURA
Autores de RS são nove dos dez mais vendidos
Gaúchos dominam Feira de Porto Alegre
especial para a Folha
Com convidados internacionais e tudo, a Feira do Livro de
Porto Alegre, que acontece até
a próxima segunda-feira, continua sendo um reduto dos escritores gaúchos: nove dos dez
autores mais vendidos até agora são do Estado.
O RS tem lista de best sellers
própria. Ao lado de autores
consagrados, como Luis Fernando Verissimo ou João Gilberto Noll, e do best seller histórico Eduardo Bueno (todos
da editora Objetiva), aparecem
na lista elaborada pelos organizadores nomes totalmente desconhecidos do público.
Martha Medeiros, uma cronista de jornais locais que encabeça a lista de ficção à frente
justamente dos consagrados, é
"um fenômeno", segundo o
presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Paulo Flávio Ledur. "Acho que poderá
conquistar o resto do país."
De acordo com Ledur, já é
uma característica da feira que
os gaúchos dêem preferência
aos autores locais. "Houve um
ano em que o Paulo Coelho estava disparado no Brasil e aqui
não foi exceção. O Jô Soares
também. Mas normalmente o
que acontece é que os gaúchos
sejam os mais vendidos", disse.
No ano passado, o mesmo
Eduardo Bueno -conhecido
também pelo apelido "Peninha"- que tem hoje três títulos na categoria não-ficção, havia sido o campeão absoluto de
vendas na feira.
Este ano, outro nome curioso
da lista é o do roqueiro Duca
Leindecker, da banda Cidadão
Quem, que lançou "A Casa da
Esquina", uma autobiografia
romanceada com passagens de
sua infância na cidade de Porto
Alegre.
A lista de não-ficção é encabeçada por um bem-humorado "Dicionário de Porto-Alegrês" e outro fenômeno: "Brasil Mágico", de Alex Primo, um
livro com imagens do Brasil em
terceira dimensão.
Os organizadores calculam
que cerca de 700 mil pessoas visitaram a feira na Praça da Alfândega, centro de Porto Alegre, desde que ela começou, em
29 de outubro. Portugal é o país
homenageado e tem estande
próprio entre os 180 participantes, entre editoras e livrarias, todas filiadas à Câmara.
Hoje à tarde, Domício Proença Filho e Lygia Fagundes Telles participam do debate "O
Tempo e o Vento - 50 Anos",
sobre a saga de Érico Verissimo, e Ziraldo encerra o seminário de Leitura e Literatura Infanto-Juvenil.
(CYNARA MENEZES)
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