ISRAEL DO VALE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Tem francês no samba. O bamba Martinho da Vila faz a ponte nesta noite entre o "sambá" e a língua do bossa-novista Henry Salvador. A apresentação, para 120 pessoas, é gratuita e marca a abertura para o público dos "pocket shows" na nova unidade brasileira da Fnac, na avenida Paulista, e 102ª loja da cadeia francesa no mundo.
Martinho canta o repertório de seu novo disco, "Conexões" (MZA/Sony), uma inusitada expedição pelo idioma francês em sua carreira. O show de hoje marca o lançamento oficial do disco, mas é "uma coisa miudinha", diz, em referência tanto ao tamanho (raramente os "pocket shows" da Fnac chegam a uma hora de duração) quanto ao acompanhamento no palco (violão, cavaquinho e dois percussionistas).
Das 14 faixas do CD, sete são inéditas. "Nenhuma é inteira em francês, mas sempre tem lá um refrão, alguma coisa", conta Martinho, 65. A nova unidade brasileira da Fnac é propícia a expedições e intercâmbios de conhecimento. Basta dizer que os três totens erigidos na loja disponibilizam todo o acervo da rede no Brasil.
São nada menos que 300 mil itens. O melhor: é possível, por exemplo, ouvir de 20 a 30 segundos de cada uma das faixas dos 70 mil títulos de CDs disponíveis -o que significa, ao todo, cerca de 700 mil músicas.
O "test drive" ganha valor especial neste momento, quando a rede acaba de receber 10 mil novos títulos importados, com ênfase em gêneros de baixa circulação pelo país, como a world music. A partir do início do ano, o conteúdo será disponibilizado também pela internet.
Também os DVDs têm trechos à disposição para serem vistos, por meio de monitores batizados na Fnac de "infomovies". A operação é simples e rápida. Basta passar o código de barras no leitor. Em tempos de Natal, vale a ressalva: os preços são os mesmos das demais unidades, sem descontos especiais de inauguração.