|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
LITERATURA
Amis sofreu abuso sexual
das agências internacionais
O escritor britânico Martin
Amis, 48, disse a uma revista
da Internet que escrever sobre
uma prima assassinada por serial killers reavivou as lembranças de como ele próprio
sofreu abuso sexual por três
vezes quando criança.
A estudante Lucy Partington
desapareceu em 1973, aos 21
anos. Ela foi uma das 12 mulheres estupradas e mortas pelos assassinos ingleses Fred e
Rose West. Amis dedicou o livro "A Informação", de 1995,
a ela.
"Nós não sabíamos o que
havia acontecido. Então, 22
anos depois, ela foi encontrada
enterrada no jardim de Fred
West", disse o autor de "Grana" e "Night Train" (Trem
Noturno) à revista "Solon",
nesta semana.
"Percebi que isso continuava martelando no meu inconsciente e que estava escrevendo
sobre ela e West. Também
acho que estava escrevendo sobre as três vezes na minha vida
em que fui molestado por estranhos. Uma vez, foi em casa.
Havia uma festa. Eu tinha 9
anos e estava no quarto. Ele
disse que era médico. Ela apenas ficou parada na porta."
Amis não deu detalhes sobre
o que aconteceu. Disse apenas
que foi molestado em outras
duas ocasiões, na rua e numa
praia.
Filho do escritor sir Kingsley
Amis, o autor provoca controvérsia desde o lançamento de
seu primeiro livro, "The Rachel Papers", publicado quando ele tinha 24 anos.
Amis enfureceu o mercado
editorial britânico em 95, conseguindo um adiantamento recorde de 500 mil libras (US$
816 mil) por "A Informação",
enquanto separava-se da mulher -com quem ficou casado
por 11 anos- para ficar com a
escritora Isabel Fonseca.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|