São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 2002

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Produção em finalização é mais ousada

COLUNISTA DA FOLHA

Para a maioria dos cineastas, filme de baixo custo gravado em vídeo é o formato ideal para a experimentação, enquanto uma produção cara, com atores famosos, inibe riscos de linguagem.
Jorge Furtado fez o contrário. No barato "Houve uma Vez Dois Verões", conta de modo linear uma história simples. No caro "O Homem que Copiava", rodado em 35 mm com estrelas globais e 300 figurantes, se aventura em narrativa descontínua que embaralha tragédia, policial e comédia.
O filme conta a história de André (o ator baiano Lázaro Ramos), um rapaz negro que opera uma fotocopiadora numa papelaria de Porto Alegre e é apaixonado por Silvia (Leandra Leal), balconista de uma loja de roupas.
O quadrado de personagens principais é completado por Marinês (Luana Piovani), colega de André na papelaria, e seu pretendente Cardoso (Pedro Cardoso).
A história é narrada do ponto de vista de André, cuja cabeça é uma confusão de cacos de informação absorvidos dos textos que copia. Parte de seus pensamentos é expressa em imagens de vídeo. As lembranças de infância surgem em desenho animado, de Allan Sielber.
"O Homem que Copiava" custou R$ 3 milhões e está em fase de finalização. Estará pronto no segundo semestre deste ano. O Festival de Berlim, que ocorre no início de 2003, já manifestou interesse pela obra. (JGC)


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