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Produção em finalização é mais ousada
COLUNISTA DA FOLHA
Para a maioria dos cineastas, filme de baixo custo gravado em vídeo é o formato
ideal para a experimentação,
enquanto uma produção cara, com atores famosos, inibe riscos de linguagem.
Jorge Furtado fez o contrário. No barato "Houve uma
Vez Dois Verões", conta de
modo linear uma história
simples. No caro "O Homem que Copiava", rodado
em 35 mm com estrelas globais e 300 figurantes, se
aventura em narrativa descontínua que embaralha tragédia, policial e comédia.
O filme conta a história de
André (o ator baiano Lázaro
Ramos), um rapaz negro
que opera uma fotocopiadora numa papelaria de Porto
Alegre e é apaixonado por
Silvia (Leandra Leal), balconista de uma loja de roupas.
O quadrado de personagens principais é completado por Marinês (Luana Piovani), colega de André na
papelaria, e seu pretendente
Cardoso (Pedro Cardoso).
A história é narrada do
ponto de vista de André, cuja cabeça é uma confusão de
cacos de informação absorvidos dos textos que copia.
Parte de seus pensamentos é
expressa em imagens de vídeo. As lembranças de infância surgem em desenho
animado, de Allan Sielber.
"O Homem que Copiava"
custou R$ 3 milhões e está
em fase de finalização. Estará pronto no segundo semestre deste ano. O Festival
de Berlim, que ocorre no início de 2003, já manifestou
interesse pela obra. (JGC)
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