São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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Tudo azul

O Blue Man Group traz ao Brasil sua bem-sucedida fórmula de entretenimento

Divulgação
Os homens azuis tiram música de instrumentos nada convencionais


ANDREA MURTA
ENVIADA ESPECIAL A TAMPA (EUA)

O palco tem um gigantesco telão, luzes coloridas, efeitos com laser e uma banda com nove músicos. Todas as atenções, no entanto, se voltam para a figura de três homens carecas, mudos e pintados com tinta azul brilhante.
O trio do Blue Man Group (BMG) -que vem pela primeira vez ao Brasil para apresentações em São Paulo e no Rio nos meses de junho e julho- faz uma mistura original de mímica, comédia e música para entreter a platéia por mais de duas horas em um show que parodia popstars decadentes.
Pouco conhecido no Brasil, o BMG surgiu no início dos anos 80, com encenações em bares de Nova York. De lá pra cá, cresceu e virou uma indústria, com 20 grupos que rodam o mundo e espaços fixos nos Estados Unidos e na Europa -eles têm hoje oito teatros exclusivos nos dois continentes.
O espetáculo dos "blue men" é um carrossel de fantasias, uso quase teatral da música e malabarismos. Alguém se lembrou do Cirque du Soleil? Para Matt Goldman, co-criador do BMG, o recurso à comunicação não-verbal realmente aproxima os homens azuis da trupe circense multinacional. Mas, segundo ele, a semelhança pára por aí. "O Cirque du Soleil busca artistas de circo talentosos e os leva para se aprimorarem no grupo. Eles reinventam o circo. Já o BMG cria uma forma de arte nova -se já vimos algum número em algum lugar, isso é exatamente o que não vamos fazer", diz, imodesto.
A idéia por trás do "How to Be a MegaStar 2.0" (Como ser uma superestrela 2.0), espetáculo que o Blue Man Group apresentará aqui, é mostrar que até o mais estranho dos personagens, com a fórmula certa, pode ser um sucesso na indústria do entretenimento.
No palco, os três homens azuis reconstituem, de maneira divertida, as atitudes, trejeitos e coreografias de cantores e cantoras do universo pop. A paródia inclui desde pulinhos ao ritmo da música às manifestações em favor de causas como a ecologia.


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