São Paulo, sábado, 13 de junho de 1998

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Álbum dá sinal de amadurecimento


da Reportagem Local

O novo trabalho dos Virgulóides sinaliza de forma clara o amadurecimento da banda. Ao contrário do primeiro disco, não há mais músicas com feições de hit de FM, como "Bagulho no Bumba", nem letras pretensamente maliciosas, como as de "Festa da Dona Teta" e "House da Madame".
O álbum, produzido pelo "onipresente" Liminha, traz arranjos elaborados e novas influências.
Continuam presentes pandeiros e cavaquinhos conciliados com ásperos riffs de guitarra e refrões cantados em uníssono à la Rage Against the Machine.
Mas a banda apresenta também canções com levadas de funk ("Virgulóides Groove") e até o uso de violão e gaita, caso de "Se Segura, Meu Truta".
O humor dos Virgulóides se faz presente na dose certa, principalmente na versão hardcore para "Eu Sou Rebelde", canção composta originalmente em espanhol e cuja versão em português é de Paulo Coelho (sim, ele mesmo). A música traz a participação de Rodolfo, dos Raimundos.
Encontram-se ecos do Ira! dos discos iniciais em "Roda", uma balada punk recheada de distorções e pontuada por uma viajante guitarra com pedal wah-wah.
A faixa "A Tereza Quebrou" consegue a façanha de conciliar uma guitarra country e uma levada de samba sem soar estranha.
A despeito da multiplicidade de influências, os Virgulóides mantêm a coesão em todas as 13 faixas do disco. (BG)

Disco: Só Pra Quem Tem Dinheiro Banda: Virgulóides Lançamento: Polygram Quanto: R$ 18, em média



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