São Paulo, Segunda-feira, 13 de Setembro de 1999
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RELÂMPAGOS
Prestes

JOÃO GILBERTO NOLL

Naquele sábado fui ao Galeão receber Prestes. Ele chegava de seu derradeiro exílio. E viu-se em meio a uma multidão. Eu e outros de estatura alta fomos chamados para protegê-lo. Comumente solitário, exultei como se membro da guarda de uma lenda em extinção. Um verdadeiro escudo humano ao redor do Velho. A partir dali, eu e um outro vigilante improvisado nos tornamos bons amigos. No velório de Prestes, anos depois, nos despedimos com a promessa natural de um almoço. As ruas do Rio transpiravam antes da chuva. Nunca mais nos vimos.


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