São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 2000

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Obra de Puig une homossexual e revolucionário

DA REPORTAGEM LOCAL

O musical "O Beijo da Mulher Aranha" procura ser o mais fiel possível ao romance que o argentino Manuel Puig (1922-90) escreveu em 76. O próprio autor adaptou o texto para teatro, ainda não musical, que logo ganhou montagem brasileira, no início dos anos 80, encabeçada por Rubens Corrêa.
Em 85, o cineasta Hector Babenco levou o romance para a tela. Em 93, o espetáculo chegou à Broadway, estrelado por Chita Rivera.
Trata-se da história de Molina (Miguel Falabella) e Valentim (Tuca Andrada), obrigados a dividir a cela em uma prisão qualquer da América Latina.
Molina é homossexual, preso por corrupção de menores. Valentim é um revolucionário marxista, acusado de praticar ação terrorista. A convivência da diferença é o mote, em sintonia com o processo histórico dos anos 70, marcado por violência e cerceamento político-ideológico.
Aos poucos, o pragmatismo de Valentim é diluído pelo lirismo de Molina, que vê nas musas do cinema hollywoodiano uma "janela imaginária" entre as quatro paredes. Sua preferida é Aurora (Cláudia Raia), que interpreta a Mulher Aranha, uma entre as várias personagens com a qual desfila ao longo do espetáculo. (VS)



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