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Obra de Puig une homossexual e revolucionário
DA REPORTAGEM LOCAL
O musical "O Beijo da Mulher Aranha" procura ser o
mais fiel possível ao romance que o argentino Manuel
Puig (1922-90) escreveu em
76. O próprio autor adaptou
o texto para teatro, ainda
não musical, que logo ganhou montagem brasileira,
no início dos anos 80, encabeçada por Rubens Corrêa.
Em 85, o cineasta Hector
Babenco levou o romance
para a tela. Em 93, o espetáculo chegou à Broadway, estrelado por Chita Rivera.
Trata-se da história de Molina (Miguel Falabella) e Valentim (Tuca Andrada),
obrigados a dividir a cela em
uma prisão qualquer da
América Latina.
Molina é homossexual,
preso por corrupção de menores. Valentim é um revolucionário marxista, acusado de praticar ação terrorista. A convivência da diferença é o mote, em sintonia com
o processo histórico dos
anos 70, marcado por violência e cerceamento político-ideológico.
Aos poucos, o pragmatismo de Valentim é diluído
pelo lirismo de Molina, que
vê nas musas do cinema
hollywoodiano uma "janela
imaginária" entre as quatro
paredes. Sua preferida é Aurora (Cláudia Raia), que interpreta a Mulher Aranha,
uma entre as várias personagens com a qual desfila ao
longo do espetáculo.
(VS)
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