São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2005

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Ministro explorava temores do povo

DA REDAÇÃO

Paul Joseph Goebbels (1897-1945) foi um dos ideólogos e o principal propagandista do regime nacional-socialista (nazista) alemão, liderado por Adolf Hitler.
Após terminar seu doutoramento na Universidade de Heidelberg, em 1921, deu início à sua carreira jornalística e escreveu alguns romances de pouco sucesso. Em seguida, filiou-se ao Partido Nacional-Socialista e trabalhou com Gregor Strasser, que dominava a legenda do norte alemão.
Com o agravamento das divisões entre Hitler e Strasser, ele mudou de lado e tornou-se líder distrital do partido em Berlim (1926), onde criou um novo órgão de propaganda partidária, a publicação "Der Angriff" (o ataque).
Explorando temores e anseios das massas e usando modernos métodos de propaganda política, foi vital na caminhada de Hitler rumo ao topo. Em 1928, Goebbels obteve uma cadeira no Reichstag (Parlamento) e, quando Hitler tomou o poder, em 1933, foi nomeado ministro da Propaganda.
O posto lhe deu controle sobre as estações de rádio, a imprensa escrita, o cinema e o teatro. Mais tarde, ele também passou a gerir todas as outras expressões da chamada "cultura ariana".
Goebbels pôs a serviço do partido nazista, durante cerca de duas décadas, sua inegável inteligência e seus conhecimentos sobre psicologia de massa. Os judeus foram o maior alvo de seu odioso aparato de propaganda.
Orador hipnótico, ele era altamente cínico e parecia acreditar no valor intrínseco do exercício do poder. Permaneceu fiel a Hitler até perto do final da Segunda Guerra Mundial. Em abril de 1945, assassinou sua família e suicidou-se, enquanto as tropas soviéticas tomavam Berlim.


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