São Paulo, sábado, 14 de maio de 2005

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BNDES facilita financiamento para editoras

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES anunciou ontem, na Bienal Internacional do Livro do Rio, medidas para facilitar o financiamento de editoras. O banco reduziu de R$ 10 milhões para R$ 1 milhão o valor mínimo a ser captado pelas empresas, e aumentou o teto de uso do Cartão BNDES para R$ 100 mil. Os representantes do mercado editorial presentes à cerimônia aplaudiram o Prolivro -como foram batizadas as medidas-, mas não sem fazer ressalvas.
A principal se refere às garantias que precisam ser dadas para a obtenção de empréstimos. O BNDES ainda não conseguiu afrouxar suas exigências para as editoras, que não podem, por exemplo, usar estoques de livros como garantias e precisam ter como aval bens 30% superiores ao valor solicitado.
"Estamos sensíveis à questão das garantias e estudando que cauções poderemos aceitar. Direitos de publicação de livros talvez possam ser usados", disse o diretor da área industrial do banco, Armando Mariante. Segundo ele, deverá ser criado em parceria com o Sebrae um "fundo de aval", com o qual as editoras poderiam garantir até 80% do empréstimo.
Os donos de livrarias também reclamaram de só ganhar mais R$ 50 mil no cartão de crédito do BNDES. "Não adianta aumentar a produção e não ter como escoá-la", queixou-se Marcus Gasparian, presidente da Associação Estadual de Livrarias do Rio.


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