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Noverre criou "balé de ação'
especial para a Folha
Nascido em Paris em 29
de abril de 1727, Jean Georges Noverre criou mais de
cem coreografias em menos
de 50 anos. Nenhuma delas
se preservou. No entanto,
suas "Cartas sobre a Dança", publicadas a partir de
1760, contêm idéias tão modernas que continuam merecendo atenção.
Considerada uma obra de
gênio por Voltaire, as cartas
de Noverre atravessaram os
séculos inspirando artistas
de diferentes expressões.
Para Jean Cocteau, possuíam ciência e exatidão em
doses assombrosas.
Num período em que os
balés não tinham características dramáticas, permanecendo relegados à condição de suportes formais de
comédias e óperas, Noverre
lançou propostas fundamentais para o desenvolvimento das artes cênicas.
Ao longo de suas cartas,
erigiu as bases do "balé de
ação", reformulando o que
se fazia até então.
Noverre propôs o desenvolvimento da pantomima,
para obter melhor expressividade do roteiro e, conseqentemente, provocar a
emoção do público.
Considerando a totalidade cênica da dança, Noverre
defendia mudanças também na música, nos figurinos e cenários. Para tornar-se convincente, a obra coreográfica, segundo ele, deveria merecer tanta atenção
quanto a produção de uma
peça teatral.
Para o leitor brasileiro, o
acesso às cartas de Noverre
por meio da tradução de
Marianna Monteiro é certamente uma conquista.
(AFP)
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