São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 2000


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DEBATE
"O Einstein do Sexo" é atual, conclui evento

DA REPORTAGEM LOCAL


"Os problemas ainda são muito semelhantes. A homofobia continua." Essa foi a conclusão de debate sobre o filme "O Einstein do Sexo", promovido anteontem em São Paulo pela Folha, pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e pela Sala UOL de Cinema.
A frase é do antropólogo Luiz Mott, professor da Universidade Federal da Bahia e presidente do Grupo Gay da Bahia. Junto com ele, estiveram debatendo a professora de estética e de literatura na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Eliane Robert Moraes e a psicóloga Aparecida Favoreto, diretora do Instituto Paulista de Sexualidade. A mediação foi do crítico de cinema Leon Cakoff, articulista da Folha.
"O Einstein do Sexo", de Rosa von Praumheim, é centrado na biografia de Magnus Hirschfeld (1868-1935), pioneiro no estudo da sexualidade e na defesa dos direitos dos homossexuais.
"O filme é muito fiel à biografia. Mas não mostra alguns defeitos de Hirschfeld", disse Mott. "Ele foi importante, mas não propôs nenhuma teoria consistente sobre a homossexualidade."
Para Eliane Robert Moraes, uma das maiores virtudes do filme é a de retratar os fluxos e refluxos históricos no início do século. "Os anos 20 foram uma época solar para a sexualidade. Dez anos depois, veio o refluxo, a repressão", disse a autora de "Sade - A Felicidade Libertina" (Imago). Aparecida Favoreto fez a maior crítica ao filme: "Fico preocupada com o modo como o homossexualismo é retratado, próximo às parafilias, aos distúrbios sexuais".


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