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DEBATE
"O Einstein do Sexo" é atual, conclui evento
DA REPORTAGEM LOCAL
"Os problemas
ainda são muito semelhantes. A homofobia continua."
Essa foi a conclusão
de debate sobre o
filme "O Einstein do Sexo", promovido anteontem em São Paulo
pela Folha, pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e
pela Sala UOL de Cinema.
A frase é do antropólogo Luiz
Mott, professor da Universidade
Federal da Bahia e presidente do
Grupo Gay da Bahia. Junto com
ele, estiveram debatendo a professora de estética e de literatura na
Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo Eliane Robert Moraes e a psicóloga Aparecida Favoreto, diretora do Instituto Paulista de Sexualidade. A mediação
foi do crítico de cinema Leon Cakoff, articulista da Folha.
"O Einstein do Sexo", de Rosa
von Praumheim, é centrado na
biografia de Magnus Hirschfeld
(1868-1935), pioneiro no estudo
da sexualidade e na defesa dos direitos dos homossexuais.
"O filme é muito fiel à biografia.
Mas não mostra alguns defeitos
de Hirschfeld", disse Mott. "Ele
foi importante, mas não propôs
nenhuma teoria consistente sobre
a homossexualidade."
Para Eliane Robert Moraes,
uma das maiores virtudes do filme é a de retratar os fluxos e refluxos históricos no início do século.
"Os anos 20 foram uma época solar para a sexualidade. Dez anos
depois, veio o refluxo, a repressão", disse a autora de "Sade - A
Felicidade Libertina" (Imago).
Aparecida Favoreto fez a maior
crítica ao filme: "Fico preocupada
com o modo como o homossexualismo é retratado, próximo às
parafilias, aos distúrbios sexuais".
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