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Ator lança livro e retorna ao rádio e cinema
DA REPORTAGEM LOCAL
"Adivinhe Quem Vem Para Rezar" é mais um item na
movimentada agenda de
Paulo Autran para agosto, o
que denota boa forma física
(ele não pára de fumar) e artística (não pára de criar).
Vai lançar um livro (título
a definir) pela Cosac Naify,
com textos seus, inspirados
por fotos que os acompanham nas páginas. "[O texto] é leve e divertido. Não é
uma fotobiografia. Indiretamente, falo da minha vida,
comento o que aquelas fotos
me trouxeram à memória."
No cinema, faz participação em "A Máquina", peça e
agora filme de João Falcão.
Na BandNews FM, ele fará
inserções de três minutos
sob o título "Quadrante", o
mesmo do seu conhecido
solo. Estréia na próxima
quarta-feira e irá ao ar de
seg. a sex., às 17h17 e às
22h17. A idéia é rememorar
o programa semelhante que
apresentava na Rádio Ministério da Educação e Cultura,
no Rio (1962-65), quando
também lia crônicas e poesias de autores brasileiros.
Engatar um projeto a outro não constitui novidade
para quem veio da geração
TBC, o Teatro Brasileiro de
Comédia, companhia e espaço que surgiram em São
Paulo, em 1948. "No tempo
do TBC, era normal. Uma
peça estreava na terça-feira
e, no final do espetáculo, já
havia uma tabela com o ensaio do dia seguinte, peça tal,
com elenco tal. Estreávamos
e, no dia seguinte, começávamos a ensaiar a próxima."
Nascido no Rio, filho de
delegado, o também advogado Autran é o nome no
teatro brasileiro atual que
mais se encaixa na figura do
primeiro-ator, status de
grandes intérpretes, homem
ou mulher, geralmente vinculados a uma companhia.
Não é o seu caso, hoje, mas já
o foi no passado, quando
formou conjunto entre 1955-1961 ao lado de Tonia Carrero e Adolfo Celi. A galeria de
personagens dá conta de autores fundamentais como
Shakespeare, Molière e Oduvaldo Vianna Filho. Na entrevista à Folha, Autran mirou mais para o gravador do
que para o repórter. Cada
resposta como que esboçava
a fala firme com a qual modula seus personagens.
(VS)
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