|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EXPOSIÇÃO
"No Limite da Consciência"
promove a arte multicultural
da Reportagem Local
A exposição "No Limite da
Consciência", que chega a São
Paulo em dezembro, no Sesc Pompéia, concilia trabalhos de nomes
renomados, como Robert Rauschenberg e Sol Le Witt, com obras
de autores pouco conhecidos internacionalmente, caso do cubano
Kcho e do jamaicano Nari Ward.
"No Limite da Consciência",
segundo Adelina von Furstenberg,
curadora da exposição, visa promover o trabalho de artistas que
não são expostos regularmente em
museus. "É instigante destacar
obras desconhecidas da China ou
mesmo da América e trazê-las para grandes salas de exibição", diz
Von Furstenberg, que está no Brasil para visitar o Sesc.
Von Furstenberg preside a Art
for The World, entidade que promove projetos educacionais ligados à arte e que destina o lucro obtido com as exposições que organiza para fundos assistenciais.
O enfoque filantrópico não foi
deixado de lado em "No Limite da
Consciência". A mostra comemora os 50 anos da OMS (Organização Mundial da Saúde), instituição criada em 1948 com o intuito
de organizar programas internacionais de saúde. O lucro obtido
com a venda de gravuras de artistas como a mexicana Teresa Serrano e o russo Ilya Kabakov será vertido para projetos mantidos pela
OMS na África.
As principais características da
exposição, o multiculturalismo e o
enfoque social, provêm, segundo
a curadora, de sua formação cultural. Von Furstenberg nasceu na
Turquia, é de origem armênia e estudou ciências sociais na Suíça.
"No Limite da Consciência"
apresentará trabalhos de 40 artistas de cinco continentes, cujas
obras lidam com temas como danos ambientais, racismo e Aids.
Entre eles, os brasileiros Ricardo
Ribenboim, Adriana Varejão, Maria Carmem Perlingeiro e Fabiana
de Barros. Estão previstos também
workshops com o artista Joe Ben
Jr. e com os cubanos Los Carpinteros. Ben Jr. é um índio navajo norte-americano cujo trabalho se caracteriza pela criação de pinturas
feitas a partir de areia.
Los Carpinteros é um trio de escultores cubanos que criam instalações feitas muitas vezes de madeira, que trazem um enfoque crítico sobre a sociedade cubana.
"Os artistas da mostra lidam
com temas de sua própria cultura,
que se inserem no contexto contemporâneo", diz a curadora.
(BG)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|