São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Crítica/"O Vigarista..."

Indefinição de gênero enfraquece história sobre farsa

DO CRÍTICO DA FOLHA

Farsa quase sempre é sinônimo de comédia. Quando o farsante é do tipo atrapalhado, a possibilidade de rirmos dele e com ele é maior ainda. "O Vigarista do Ano" poderia ser uma excelente fonte de risadas, mas é um filme de gênero indefinido.
Dirigido pelo prestigioso cineasta de origem sueca Lasse Halström, o longa narra as confusões provocadas pelo escritor Clifford Irving ao tentar convencer uma grande editora que foi contratado pelo mítico milionário Howard Hughes para escrever sua biografia.
Infiel a seu personagem central, "O Vigarista do Ano", contudo, não se define como uma farsa, insistindo na demonstração das razões pessoais de Irving e nos problemas familiares e fraternais que sua mentira provoca.
Outras dimensões, como a questão política e as ambições empresariais, também roubam o interesse da intriga.
Resta o prazer de ver a dupla Richard Gere e Alfred Molina tirar proveito de personagens que, com eles nos papéis, se tornam mais interessantes que o próprio filme. (CSC)


O VIGARISTA DO ANO
Direção: Lasse Hallström
Produção: EUA, 2006
Com: Richard Gere, Alfred Molina
Quando: em cartaz nos cines Bristol, Eldorado e circuito
Avaliação: regular



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