São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2004

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FILMES

As Aventuras de Rocky & Bullwinkle
Globo, 15h30.
  
(The Adventures of Rocky & Bullwinkle). EUA, 2000, 88 min. Direção: Des McAnuff. Com Rene Russo, Jason Alexander, Randy Quaid, Robert de Niro. Rocky, o esquilo voador, e seu amigo Bullwinkle, personagens de uma série de desenhos animados que satirizava a Guerra Fria, têm uma surpresa: seus antigos inimigos, os espiões Boris Badenov (Alexander) e Natasha Fatale (Russo), escapam do mundo dos desenhos, adquirem carne e osso e voltam ao combate, mesmo se a Guerra Fria já terminou. Princípio animador para filme infantil.

Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado
Record, 21h45.
  
(I Know what You Did Last Summer). EUA, 1997, 101 min. Direção: Jim Gillespie. Com Jennifer Lowe Hewitt, Sarah Michelle Gellar, Anne Heche. No verão passado, amigos atropelaram, mataram e se livraram do cadáver. No verão seguinte, descobrirão que a operação não foi tão sigilosa quanto imaginavam. Depois vem o terror. E depois ainda, as seqüências do filme.

Marte Ataca!
SBT, 22h30.
   
(Mars Attacks!). EUA, 1996, 106 min. Direção: Tim Burton. Com Jack Nicholson, Gleen Close, Annette Bening. Marcianos chegam à Terra, como sempre. Mas não agem como sempre: desta vez é Tim Burton que está no comando, disposto a se divertir com a indústria de extraterrestres, com Jack Nicholson no papel de presidente dos EUA e Glenn Close no de primeira-dama. Vamos nessa!

Intercine
Globo, 1h30.

Passa na quinta o favorito dos votantes, entre "Visões Depois da Morte" (1998, de Kevin Dowling, com Randy Quaid, Embeth Davidtz) e "Um Favor Indecente" (1994, de Donald Petrie, com Elizabeth McGovern, Brad Pitt).

Brother, a Máfia Japonesa Yakuza em Los Angeles
SBT, 3h.
   
(Brother). EUA/Japão, 2000, 112 min. Direção: Takeshi Kitano. Com Takeshi Kitano, Kuroudo Maki, Omar Epps. Quando sua gangue é desbaratada, no Japão, Yamamoto (Kitano) arranja um jeito de ir para Los Angeles. Lá, encontra seu meio-irmão caçula e começa uma nova vida. Isto é, uma nova vida no meio criminal, bem entendido. Filme do diretor japonês mais destacado da atualidade, o mesmo de "Hana-Bi" e "Dolls". Só para São Paulo.

Meu Pai, uma Lição de Vida
Globo, 3h25.
  
(Dad). EUA, 1989, 117 min. Direção: Gary David Goldberg. Com Jack Lemmon, Ted Danson, Olympia Dukakis. Ao descobrir que seu pai (Lemmon) está mais para lá do que para cá, o executivo Danson muda de atitude -além de aprender que precisa melhorar sua relação com seu próprio filho. (IA)

Como se fosse cinema mudo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ainda há lugar para um virtuose como Brian de Palma, neste momento em que filmar bem parece significar pouco. Há, a gente pode perceber, porque há lugar para Quentin Tarantino, que filma bem pra caramba.
E quem gosta de "Kill Bill", o volume 2 em particular, mas não conhece "Vestida para Matar" (MGM, 22h e 2h) devia aproveitar a oportunidade.
Lá está Angie Dickinson, no início, caminhando, só, como uma Monica Vitti de filme de Antonioni, ou como uma Kim Novak de Hitchcock. São 20 minutos, mais ou menos, sem uma só palavra. Nossa atenção e nosso interesse permanecem, no entanto, intactos, porque a câmera é tão hábil, e Angie é tão forte, que não sentimos falta de palavras nem por um instante. A imagem diz tudo, como num filme mudo.

ESPECIAL

Série traz entranhas de orquestra inglesa

DA REPORTAGEM LOCAL

Os britânicos são muito bons em documentários para TV e também em música sinfônica. Previsível, portanto, que tenham feito com certa naturalidade esta linda série em três episódios sobre a Philharmonia, uma das três excelentes orquestras de Londres.
A série não é uma peça de propaganda ou de complacência ("olhem como somos bons!"). Tampouco se torna uma ferramenta de denúncia ("como se exploram esses músicos!").
Tem o mérito de, por meio de detalhes biográficos ou episódios singelos, convidar-nos a um passeio por essa circunspecta instituição musical que em 2005 completará 60 anos.
Pouco se fala sobre o padrão musical ou sobre as gravações no catálogo desse conjunto sinfônico pelo qual já passaram, em funções permanentes, maestros como Karajan, Klemperer, Muti e Sinopoli. O enfoque é bem mais humano.
É uma qualidade que torna a produção atraente para os menos iniciados. Mas é também uma carência a partir da qual os melômanos bem informados deixarão de se reconhecer.
Seu principal regente, o alemão Christoph von Donhányi, é apresentado como um personagem tímido e irrequieto com as prolongadas sessões de fotografia.
Há as entranhas financeiras, como a renegociação do contrato do spalla Christopher Warren-Green (equivalente a US$ 108 mil por ano). Há o violista que revela ter sido alcóolatra e tem jeito para a mecânica de automóveis. Há o flautista que gosta de pintar e aprecia as telas de Juan Miró.
O mundo da música erudita é magnífico pela dimensão espiritual que transporta. Mas é também o mundo comercial, no qual se trabalha com a relação custo/ benefício da contratação do americano James Levine para reger três concertos, um dos quais teria Luciano Pavarotti com solista. Pavarotti adoece e é substituído por Roberto Alagna, outro conhecidíssimo tenor.
(JOÃO BATISTA NATALI)


A PHILHARMONIA. Quando: quintas (hoje e dia 21), às 8h, 13h e 20h.


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