DA REPORTAGEM LOCAL

Com R$ 4, em São Paulo, é possível fazer pouca coisa. Na pequena lista das possibilidades, está a visita ao mundo do modernismo brasileiro. Com R$ 4 é possível ver, ao vivo e em cores, obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Lasar Segall. Eles e muitos outros que pintaram e esculpiram o movimento no país estão à mostra na Estação Pinacoteca, na Luz, região central de São Paulo.
Ainda com o mesmo dinheiro, é possível ver obras de outras escolas, como por exemplo as gravuras de Sheila Goloborotko e de Renina Katz.
Se há outros R$ 4 disponíveis e ânimo para andar um percurso de cerca de dez minutos, conhece-se ainda mais: o trabalho dos artistas contemporâneos Ester Grinspum, com 20 trabalhos organizados em retrospectiva, e Edgar de Souza, com a "Voluta" e outros objetos; pinturas e gravuras de paisagens brasileiras feitas no século 19, parte da festejada Coleção Brasiliana; e todo o acervo da Pinacoteca do Estado, irmã primogênita da Estação Pinacoteca e vizinha da estação da Luz.
O professor Mario Cabrera, 57, desembolsou o dinheiro e não se arrependeu. Em São Paulo especialmente para ver a Bienal, ele faz parte de um grupo de 46 artistas-docentes que deixou o Uruguai para aproveitar o bom momento de exposições de São Paulo. "Já visitei a Bienal, as Pinacotecas, o Masp, o MAM, a Oca, tudo", gaba-se. E o que recomenda? "Qualquer uma. Elas estão todas ótimas", completa. (IML)


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