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Superloja de discos do Rio deve R$ 3,3 milhões
Em Copacabana há mais de 40 anos, Modern Sound perdeu 40% do
faturamento
Proprietário planeja
transformar parte do lugar
em uma casa de shows; loja
teve clientes como Paulo
Francis e Fernando Sabino
CAIO BARRETTO BRISO
DA SUCURSAL DO RIO
Com modestos 60 m2 quando
inaugurada em 1966 pelo baiano Pedro Passos, a Modern
Sound se tornou a maior loja de
música do Rio, tendo hoje
1.300 m2 em Copacabana (r.
Barata Ribeiro, 502) e um acervo de 80 mil CDs, 30 mil LPs e
4.000 DVDs. E uma dívida de
R$ 3,3 milhões.
Desde 2006, o faturamento
caiu 40%. Reflexo dos tempos
de internet, o endividamento
levou Passos a um pedido de
recuperação judicial, já autorizado. Se os credores concordarem, o pagamento será em 30
vezes, após um ano de carência.
"O Rio morreria um pouco
sem a Modern Sound, clube
onde os amantes da música se
encontram, loja especializada
na música do mundo todo. Perdê-la seria um fim de linha para
a cidade", diz a atriz Fernanda
Montenegro, uma das muitas
fãs da casa, que teve entre seus
clientes o jornalista Paulo
Francis ("Um amante de Wagner", diz Passos) e o escritor
Fernando Sabino ("Comprava
todos os lançamentos de jazz").
"Sempre buscamos um diferencial, como importar discos
raros. Hoje isso não basta. Tudo está na internet", diz Passos,
70. Ele quer transformar a parte da loja adquirida em 1999
(800 m2) em uma casa de
shows para 500 pessoas. Segundo ele, já há duas grandes
empresas interessadas em
apoiar o projeto. "Também
pensamos em vender 50% do
capital da loja. Estamos buscando parceiros."
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