São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 2000

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Rumos Dança quer fazer diagnóstico



ESPECIAL PARA A FOLHA

Lançado em maio deste ano, o Rumos Dança foi criado com o propósito de elaborar um diagnóstico da situação do setor no país. Entre maio e julho, foram inscritas 398 obras provenientes de 20 Estados, sendo que 261 delas foram apresentadas -a diferença se deveu à impossibilidade de os candidatos exibirem suas obras.
A primeira seleção escolheu 45 obras (solos e duos) de 13 Estados, que serão contempladas com a gravação dos trabalhos em vídeo. No final do processo, 15 intérpretes criadores dos trabalhos serão escolhidos e participarão de uma mostra em fevereiro de 2001.
Segundo os organizadores, a seleção se pautou pelo perfil artístico das obras, independentemente dos temas adotados. O conjunto revelou um campo de preocupação investigativa. Centrado em quatro questões: a relação da dança com a tecnologia, a multidisciplinaridade, o hibridismo e a própria estrutura da composição coreográfica.

Literatura
O Rumos Literatura foi lançado no ano passado por meio de conferências, oficinas e grupos de discussão.
Em sua primeira edição, abordou a crítica veiculada na imprensa, visando incentivar a formação de jovens críticos, especialmente em quatro áreas: literatura, jornalismo cultural, televisão e linguagens interagentes.
Neste ano, o foco deslocou-se da formação do crítico para a formação do leitor. Um dos resultados do programa é a publicação de dois livros, "Rumos da Crítica" e "Outras Leituras" -ambos em co-edição com a editora Senac de São Paulo.
No próximo ano, o foco do programa será literatura e cinema. A intenção, segundo os organizadores, é oferecer cinco cursos sobre o tema.
Cada professor será convidado a escrever um ensaio sobre o assunto de seu curso, que dará origem a um livro a ser distribuído em bibliotecas universitárias do país. Nessa área, ainda não há previsão de um levantamento da produção nacional.
Segundo Ricardo Ribenboim, diretor do Itaú Cultural, nestes três anos de implantação do Rumos, o programa vem mobilizando cerca de 6.000 pessoas, entre artistas, produtores, técnicos, curadores, pesquisadores e outros agentes culturais. Cada uma das áreas consome, de acordo com os dados da instituição, de R$ 500 mil a R$ 700 mil por ano.


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