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Para Hackman, fazer comédia é mais difícil
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Aos 72 anos, Gene Hackman é a alma do filme, como
o patriarca malandro Royal
Tenenbaum. Leia a seguir
entrevista concedida à Folha.
(TR)
Folha - Você concorda que
comédias exigem mais seriedade quanto ao personagem?
Hackman - Nelas é mais difícil parecer natural, não ser
pego "atuando", em vez de
"vivendo" a cena. É complicado contracenar honestamente ao mesmo tempo em
que quer arrancar risadas.
Folha - Pode comentar o acidente em que socou a pessoa
que lhe deu uma fechada?
Hackman - Foi uma coisa
horrível e íntima. Podemos
não falar desse assunto?
Folha - Claro, mas posso arriscar outra abordagem?
Hackman - Por favor.
Folha - Todos os artigos disseram que você saiu da direção e bateu no sujeito que
amassou seu carro. Foi isso?
Hackman - Todo mundo
anda irritado e com pressa.
Hoje penso que poderia ter
resolvido de outro jeito...
Folha - "Operação França"
(71) saiu agora em DVD. É seu
clássico, não?
Hackman - Ficou como um
dos meus "momentos preferidos". Com ele, passei por
uma mudança muito importante como ator. Comecei
tarde, aos 30, e tinha 42
quando fiz esse filme. E foi
só aí que tive certeza de que
poderia de fato viver disso.
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