São Paulo, sexta-feira, 15 de março de 2002

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Para Hackman, fazer comédia é mais difícil

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Aos 72 anos, Gene Hackman é a alma do filme, como o patriarca malandro Royal Tenenbaum. Leia a seguir entrevista concedida à Folha. (TR)

Folha - Você concorda que comédias exigem mais seriedade quanto ao personagem?
Hackman -
Nelas é mais difícil parecer natural, não ser pego "atuando", em vez de "vivendo" a cena. É complicado contracenar honestamente ao mesmo tempo em que quer arrancar risadas.

Folha - Pode comentar o acidente em que socou a pessoa que lhe deu uma fechada?
Hackman -
Foi uma coisa horrível e íntima. Podemos não falar desse assunto?

Folha - Claro, mas posso arriscar outra abordagem?
Hackman -
Por favor.

Folha - Todos os artigos disseram que você saiu da direção e bateu no sujeito que amassou seu carro. Foi isso?
Hackman -
Todo mundo anda irritado e com pressa. Hoje penso que poderia ter resolvido de outro jeito...

Folha - "Operação França" (71) saiu agora em DVD. É seu clássico, não?
Hackman -
Ficou como um dos meus "momentos preferidos". Com ele, passei por uma mudança muito importante como ator. Comecei tarde, aos 30, e tinha 42 quando fiz esse filme. E foi só aí que tive certeza de que poderia de fato viver disso.



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