São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2011

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Coletiva destaca leva de artistas pós-utópicos

DE SÃO PAULO

Enquanto Portinari trabalhava num momento de construção de utopias, nos anos que antecederam a joia da coroa modernista que foi Brasília, outra mostra que abre hoje no MAM destaca a geração que surgiu já nos escombros de toda a aventura moderna.
No lugar de grandes projetos, são obras em escala diminuta. Sara Ramo navega num oceano de bacias de plástico espalhadas no chão do banheiro e fotografa bexigas e restos de leite pela casa como se quisesse conter a Via Láctea na esfera doméstica.
Na obra de Carlos Garaicoa, a paisagem urbana ganha uma versão em miniatura, com peças de cristal que ecoam as formas de arranha-céus reais.
Jorge Macchi faz dos carros no trânsito os motores de uma caixinha de música, Amilcar Packer explora as frestas entre os viadutos da cidade e Rivane Neuenschwander filma o lento trajeto de uma bolha de sabão pelos cômodos de uma casa deserta.
"Toda a mostra está no diapasão da delicadeza, da sutileza, acredita nesses murmúrios", diz a curadora, Luísa Duarte. "Quando tudo está ruidoso, é melhor murmurar do que gritar junto." (SM)

UM OUTRO LUGAR

QUANDO de ter. a dom., das 10h às 17h30; até 11/9
ONDE MAM (pq. Ibirapuera, portão 3)
QUANTO R$ 5,50


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