do enviado a Vila do Conde

Diversos curtas que concorreram em Vila do Conde serão exibidos no 10º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, que acontece entre 19 e 28 de agosto, sob direção de Zita Carvalhosa.
Representando o festival paulistano, a cineasta Andréa Seligmann, 28, esteve no mês passado em Hamburgo, na Alemanha, e, no festival de Vila do Conde. "Fiquei surpresa com a alta qualidade dos curtas portugueses. Estão bem melhor que antes", afirmou.
Conheça alguns dos títulos que você poderá assistir em São Paulo no mês que vem:
"More", de Mark Osborne, EUA, 1998, 6 minutos - A melhor animação de massinha exibida no festival português. Trata de criaturas que vivem numa cidade cinzenta até que um deles fabrica um binóculo capaz de colorir o mundo. O final é um tanto previsível, mas funciona.
"The Zone", de Ben Van Lieshout, Holanda, 1998, 18 minutos -Documentário sobre o cotidiano de prostitutas que levou o primeiro prêmio no festival de Hamburgo, no mês passado. Não mostra uma única mulher, apenas suas vozes são ouvidas enquanto a câmera passeia pelas zonas de prostituição. Nessas entrevistas, há declarações impressionantes.
"Entretanto", de Miguel Gomes, Portugal, 1999, 25 minutos -Vencedor de melhor direção e melhor fotografia na competição nacional em Vila do Conde. Não há muita história, apenas uma garota e dois rapazes que formam um triângulo amoroso. Toca música da Doris Day e dos Kinks.
"Bunny", de Chris Wedge, EUA, 1998, 7 minutos - Uma coelha idosa às voltas com uma mariposa. O final sentimentalóide (e sem sentido) e os bonecos e cenários (belos, mas frios), construídos por computadores de última geração, são pistas para entender porque esse filme ganhou o Oscar deste ano na categoria animação.
"Huset Pa Kampem", de Pjotr Sapegin, Noruega, 1998, 7 minutos - Outra afirmação de massinha com bichinhos, mas esta é mais bem-humorada. Um homem compra uma casa, mas lá já vive uma ratazana. Todas as tentativas que o infeliz faz para matá-la são entendidas como provas de carinho, enfim, um amor a nascer.
"Vacancy", de Mathias Muller, Alemanha, 1998, 14 minutos - Um filme sobre a capital do Brasil. A fita tem cenas novas, alternadas com filmagens amadoras feitas em Brasília nos anos 60. A montagem lenta e os comentários sussurrados (como "uma cidade que se cria a partir do nada") contribuem para que os 14 minutos pareçam mais.
"Film Ist Material", de Gustav Deutsch, Áustria, 1998, 10 minutos - Uma rápida sucessão de diversas fotografias arruinadas dura metade do filme. Em seguida, aparecem algumas contas matemáticas. Por fim, fotogramas de uma mulher aumentam a velocidade até criarem movimento. (IF)



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