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Fause Haten e Patachou são emblemas
da Redação
Duas marcas participantes servem como emblema do novo momento da moda brasileira. Fause
Haten é o estilista em quem todos
vão prestar atenção nesta temporada, enquanto a Patachou deve
novamente marcar pontos dentro
de um estilo comercial, sim, mas
bem feito e sem pretensões. Ambas
desfilam na terça.
Na edição de verão, Haten surpreendeu com uma reviravolta
fashion, em direção a roupas mais
conceituais, modernas e bonitas.
"Eu me sinto vitorioso. Era mais
fácil fazer 20 vestidos de noite, mas
aquilo me incomodava. Percebi
que era pobre, que não era legal.
Na última coleção, quis mostrar
poucas idéias, mas elas eram fortes", diz o estilista, de 31 anos.
Haten vende em Brasília, no Rio
e em São Paulo. Tem uma estrutura pequena: uma modelista, uma
produtora e duas assistentes de
produção. "Não tive problemas
com entrega de tecidos importados porque só trabalho com material nacional; não posso pagar."
Para compensar, trabalha da maneira mais criativa possível com a
simplicidade do algodão, por
exemplo, obtendo recursos de texturas e aplicações em calor para
envolver as formas do corpo.
O estilista criou sua própria técnica, desenvolvida sobre a tradicional moulage (modo de moldar
o tecido, espacialmente): "Meu
método tem algumas restrições
para a pence e sobre a forma de colocar o vestido no manequim".
Acha que "é o momento de mudar o modo de trabalhar". "Na minha loja não existe não. Aqui é
"dá?'; "dá!". Se não, vai dar em outra
marca. Hoje em dia tudo é serviço
ao cliente", completa. Na última
coleção, Haten vendeu muito e não
conseguiu entregar: "Agora não
posso correr esse risco".
Em outro estilo, o mineiro clássico, a Patachou de Terezinha Santos
vai conquistando o Brasil. Tudo
sem fazer barulho. A marca existe
faz 15 anos e há duas temporadas
se transformou numa espécie de
favorita de produtoras e editoras
de moda, felizes com sua roupa
fashion e correta. O que, em tempos de crise, vale ouro.
"Tenho um senso prático presente. Meu laboratório são as lojas", diz Terezinha, que conta 280
pontos de venda, quatro lojas próprias e a próxima a abrir nos Jardins, ainda no primeiro semestre
de 99. A produção tem 50% de terceirizados, uma equipe de duas estilistas com ela, mais um correspondente na Itália, que envia as informações fresquinhas sobre as
tendências internacionais. (EP)
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