São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 2005

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Classe teatral de SP protesta contra suspensão de auxílio financeiro

DA REPORTAGEM LOCAL

A classe teatral paulistana articula mobilização diante da suspensão da Lei de Fomento. Anteontem, assembléia do movimento Arte contra a Barbárie, realizada no teatro Fábrica São Paulo, um dos espaços nascidos por causa do programa, aprovou manifesto a ser distribuído ao público e encaminhado ao secretário Emanoel Araújo (Cultura) e ao prefeito José Serra (PSDB).
O congelamento do novo edital, cuja comissão não foi homologada, é definido como "regressão autoritária" e "vem reforçar a imagem da cultura como desperdício, como desnecessidade, direito exclusivo dos que podem por ela pagar", cita o documento.
Desde 2002, a Lei de Fomento consta de dotação orçamentária (R$ 9 milhões em 2005) da Prefeitura de São Paulo para ser repartida aos grupos selecionados.
A Secretaria Municipal da Cultura, por meio do Departamento de Teatro, aguarda parecer jurídico para possíveis reformulações.
"Na comparação com outras leis para o setor -como as de incentivo através da renúncia fiscal-, a verba destinada ao Programa de Fomento ao Teatro é muito pequena. No entanto, é ela que garante a liberdade e a autonomia dos artistas, não a dos patrocinadores. É ela que beneficia a formação de espectadores, não de consumidores. É ela que expressa interesses sociais, avaliados e cobrados pelo poder público, numa inversão total do privatismo empresarial que impera no uso das verbas públicas", diz o manifesto.
O Fábrica São Paulo recebeu uma platéia e meia (134 lugares e metade do palco ocupados). Entre eles, Ilo Krugli (Ventoforte), José Renato (teatro de Arena), Sérgio de Carvalho (Cia. do Latão), Georgette Fadel (Cia. São Jorge de Variedades), Rodolfo García Vásquez (Os Satyros) e Pedro Pires (Cia. do Feijão). (VS)


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