|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Classe teatral de SP protesta contra suspensão de auxílio financeiro
DA REPORTAGEM LOCAL
A classe teatral paulistana articula mobilização diante da suspensão da Lei de Fomento. Anteontem, assembléia do movimento Arte contra a Barbárie,
realizada no teatro Fábrica São
Paulo, um dos espaços nascidos
por causa do programa, aprovou
manifesto a ser distribuído ao público e encaminhado ao secretário
Emanoel Araújo (Cultura) e ao
prefeito José Serra (PSDB).
O congelamento do novo edital,
cuja comissão não foi homologada, é definido como "regressão
autoritária" e "vem reforçar a
imagem da cultura como desperdício, como desnecessidade, direito exclusivo dos que podem
por ela pagar", cita o documento.
Desde 2002, a Lei de Fomento
consta de dotação orçamentária
(R$ 9 milhões em 2005) da Prefeitura de São Paulo para ser repartida aos grupos selecionados.
A Secretaria Municipal da Cultura, por meio do Departamento
de Teatro, aguarda parecer jurídico para possíveis reformulações.
"Na comparação com outras
leis para o setor -como as de incentivo através da renúncia fiscal-, a verba destinada ao Programa de Fomento ao Teatro é
muito pequena. No entanto, é ela
que garante a liberdade e a autonomia dos artistas, não a dos patrocinadores. É ela que beneficia a
formação de espectadores, não de
consumidores. É ela que expressa
interesses sociais, avaliados e cobrados pelo poder público, numa
inversão total do privatismo empresarial que impera no uso das
verbas públicas", diz o manifesto.
O Fábrica São Paulo recebeu
uma platéia e meia (134 lugares e
metade do palco ocupados). Entre eles, Ilo Krugli (Ventoforte),
José Renato (teatro de Arena),
Sérgio de Carvalho (Cia. do Latão), Georgette Fadel (Cia. São
Jorge de Variedades), Rodolfo
García Vásquez (Os Satyros) e Pedro Pires (Cia. do Feijão).
(VS)
Texto Anterior: "Dança Lenta no Local do Crime" põe desconhecidos em situações-limite Próximo Texto: Documentário: 10º É Tudo Verdade reúne 133 filmes Índice
|