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Recife reúne 82 filmes brasileiros
FABIANA PEREIRA
da Agência Folha, em Recife
O filme "Castro Alves - Retrato
Falado do Poeta", de Silvio Tendler, abriu na última sexta à noite o
3º Festival de Cinema Nacional de
Recife, exibido pela primeira vez
para as 2.300 pessoas que ocuparam o Cine Teatro Guararapes, em
Olinda, na maioria jovens.
Ainda "engatinhando" -se
comparada a outros festivais como
o de Brasília, com 31 edições-, a
terceira edição do festival de Recife, que termina no próximo domingo, traz na mostra competitiva
37 curtas (21 de ficção, dez documentários, seis de animação) disputando as categorias de melhor
filme, direção, roteiro, fotografia,
som, montagem, ator e atriz.
O longa de Silvio Tendler marca
sua volta às telas depois de 15 anos,
quando fez "Jango" (84). "Castro
Alves" foi exibido como "hors-concours" após a mostra dos curtas de animação.
A competição de longas começou na segunda noite, exibindo pela primeira vez no Nordeste o filme
"Traição", baseado na obra de Nelson Rodrigues, com direção de Arthur Fontes, Claudio Torres e José
Henrique Fonseca.
Diretores dos documentários da
mostra competitiva do sábado dedicaram a exibição ao cantor pernambucano Chico Science, que faria 33 anos naquele dia.
Além de "Traição", outros seis
filmes disputam o prêmio de melhor longa. São eles: "A Hora Mágica", de Guilherme de Almeida Prado; "Terra do Mar", de Eduardo
Caron e Mirella Martinelli; "Ação
entre Amigos", de Beto Brant;
"Nós Que Aqui Estamos por Vós
Esperamos", de Marcelo Masagão,
"O Toque do Oboé", de Cláudio
MacDowell; e "Paixão Perdida", de
Walter Hugo Khouri.
No domingo, quatro documentários foram exibidos, encerrando
a competição na categoria. "A Hora Mágica", a ser lançado em Recife no próximo sábado, encerrou o
primeiro final de semana.
"Outras Histórias", de Pedro
Bial, faz o encerramento das exibições de longas no sábado. É a primeira vez que o filme, baseado na
obra do escritor Guimarães Rosa,
será exibido no Brasil. "Outras
Histórias" também participa como "hors-concours" e tem estréia
prevista para 7 de maio.
Embora tenha expandido a produção cinematográfica brasileira
para fora do eixo Rio-São Paulo, o
festival não aglutinou as produções locais -dos 37 curtas competitivos, apenas um é do Ceará e outro, de Pernambuco.
A jornalista Fabiana Pereira viajou a Recife a convite da organização do festival
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