São Paulo, Terça-feira, 16 de Março de 1999
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Recife reúne 82 filmes brasileiros


FABIANA PEREIRA
da Agência Folha, em Recife

O filme "Castro Alves - Retrato Falado do Poeta", de Silvio Tendler, abriu na última sexta à noite o 3º Festival de Cinema Nacional de Recife, exibido pela primeira vez para as 2.300 pessoas que ocuparam o Cine Teatro Guararapes, em Olinda, na maioria jovens.
Ainda "engatinhando" -se comparada a outros festivais como o de Brasília, com 31 edições-, a terceira edição do festival de Recife, que termina no próximo domingo, traz na mostra competitiva 37 curtas (21 de ficção, dez documentários, seis de animação) disputando as categorias de melhor filme, direção, roteiro, fotografia, som, montagem, ator e atriz.
O longa de Silvio Tendler marca sua volta às telas depois de 15 anos, quando fez "Jango" (84). "Castro Alves" foi exibido como "hors-concours" após a mostra dos curtas de animação.
A competição de longas começou na segunda noite, exibindo pela primeira vez no Nordeste o filme "Traição", baseado na obra de Nelson Rodrigues, com direção de Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique Fonseca.
Diretores dos documentários da mostra competitiva do sábado dedicaram a exibição ao cantor pernambucano Chico Science, que faria 33 anos naquele dia.
Além de "Traição", outros seis filmes disputam o prêmio de melhor longa. São eles: "A Hora Mágica", de Guilherme de Almeida Prado; "Terra do Mar", de Eduardo Caron e Mirella Martinelli; "Ação entre Amigos", de Beto Brant; "Nós Que Aqui Estamos por Vós Esperamos", de Marcelo Masagão, "O Toque do Oboé", de Cláudio MacDowell; e "Paixão Perdida", de Walter Hugo Khouri.
No domingo, quatro documentários foram exibidos, encerrando a competição na categoria. "A Hora Mágica", a ser lançado em Recife no próximo sábado, encerrou o primeiro final de semana.
"Outras Histórias", de Pedro Bial, faz o encerramento das exibições de longas no sábado. É a primeira vez que o filme, baseado na obra do escritor Guimarães Rosa, será exibido no Brasil. "Outras Histórias" também participa como "hors-concours" e tem estréia prevista para 7 de maio.
Embora tenha expandido a produção cinematográfica brasileira para fora do eixo Rio-São Paulo, o festival não aglutinou as produções locais -dos 37 curtas competitivos, apenas um é do Ceará e outro, de Pernambuco.


A jornalista Fabiana Pereira viajou a Recife a convite da organização do festival


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