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Debate reúne América e Europa
free-lance para a Folha
O debate promovido pelo
evento É Tudo
Verdade - 4º
Festival Internacional de Documentários e pela
Folha, na última
quarta-feira, reuniu os cineastas
Walter Salles, Ricardo Dias, Johan
van der Keuken e Carlos Marcovich, que discutiram a linguagem
do documentário, lotando a Sala
Vermelha do Instituto Itaú Cultural. O crítico de cinema Amir Labaki mediou a mesa-redonda.
O mexicano Carlos Marcovich
disse que seu "Mas, Afinal, Quem
É Juliette?" é um documentário
que "não alterou a vida da biografada, mas sim o inverso", já que ele
a conheceu antes de pensar num
projeto de filmagem.
O paulista Ricardo Dias (de "Fé")
disse que o fato de ver muitos filmes e programas televisivos é
grande motivo para fazer documentários. "Gosto de organizar as
imagens, ou seja, o mundo".
Van der Keuken (de "Beauty"),
cineasta holandês homenageado
na mostra, falou que o improviso
que existe no jazz é semelhante ao
que existe no documentário, que,
mesmo pequeno, não deve se
prender rigidamente a um roteiro.
Walter Salles -que também tem
sua obra em retrospectiva- contou que seu "Socorro Nobre" definiu que, num documentário o roteiro perde força, pois as coisas vão
acontecendo por si só, sem um
controle prévio do diretor.
(PSL)
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