São Paulo, Sexta-feira, 16 de Abril de 1999
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Debate reúne América e Europa

free-lance para a Folha


O debate promovido pelo evento É Tudo Verdade - 4º Festival Internacional de Documentários e pela Folha, na última quarta-feira, reuniu os cineastas Walter Salles, Ricardo Dias, Johan van der Keuken e Carlos Marcovich, que discutiram a linguagem do documentário, lotando a Sala Vermelha do Instituto Itaú Cultural. O crítico de cinema Amir Labaki mediou a mesa-redonda.
O mexicano Carlos Marcovich disse que seu "Mas, Afinal, Quem É Juliette?" é um documentário que "não alterou a vida da biografada, mas sim o inverso", já que ele a conheceu antes de pensar num projeto de filmagem.
O paulista Ricardo Dias (de "Fé") disse que o fato de ver muitos filmes e programas televisivos é grande motivo para fazer documentários. "Gosto de organizar as imagens, ou seja, o mundo".
Van der Keuken (de "Beauty"), cineasta holandês homenageado na mostra, falou que o improviso que existe no jazz é semelhante ao que existe no documentário, que, mesmo pequeno, não deve se prender rigidamente a um roteiro.
Walter Salles -que também tem sua obra em retrospectiva- contou que seu "Socorro Nobre" definiu que, num documentário o roteiro perde força, pois as coisas vão acontecendo por si só, sem um controle prévio do diretor.
(PSL)


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