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"Aspecto mundano" ainda impressiona
do enviado a Veneza
Boa parte do interesse que Veneza desperta nos milhares de pessoas que chegam nos dias iniciais
do evento não se deve a questões
estéticas, mas ao "aspecto mundano" que o evento ainda preserva,
104 anos depois de sua fundação.
Veneza ainda é conhecida pelas
festas, jantares e coquetéis que organiza na primeira semana do
evento. Na última quinta-feira, as
agendas estiveram absolutamente
congestionadas.
O conde Giovanni Volpi cedeu
um palácio do século 18 para uma
festa oferecida pela Sotheby's a
qual compareceram atores como
Lauren Bacall, Steve Martin e Dennis Hopper; diretores de museus
(Thomas Krens, da Fundação
Guggenheim); embaixadores,
príncipes e princesas, além de alguns artistas. Na mesma noite,
Tom Ford, estilista da Gucci, ofereceu um jantar para comemorar o
patrocínio da marca ao pavilhão
norte-americano (representado
pela artista Ann Hamilton). Compareceram colecionadores, como
Charles Saatchi, Nam Kemper
(musa de Yves Saint-Laurent), galeristas de Nova York, artistas e, é
claro, modelos da Gucci.
Na mesma noite, o pavilhão de
Israel ofereceu uma festa-dançante mais acessível, para algumas
centenas de pessoas, em um mercado de peixe da cidade, na Piazza
di Beccaria, ao lado de Rialto.
Na sexta, foi a vez do pavilhão da
Áustria, que caprichou em sua "representação mundana" com um
jantar-festa também para centenas
de convidados na ilha da Giudecca,
do outro lado do canal, em frente à
Piazza San Marco. A festa teve direito a dançarinos butô-piromaníacos e a uma "performance dançante" do curador Harald Szeemann, que fazia aniversário naquela noite.
O encerramento ficou por conta
da própria Bienal de Veneza, no
sábado, que ofereceu, depois da
abertura oficial do evento, um jantar de muitos talheres ao ar livre
nos gigantescos espaços do Arsenale, com direito a um show de
música senegalesa em um palco
flutuante no canal e a uma festa-dançante com bebida em abundância em um iate estacionado no
local.
(CF)
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