FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bienal de São Paulo elege hoje seu novo presidente. Até ontem, o único candidato para a sucessão do arquiteto Carlos Bratke era o empresário Manoel Francisco Pires da Costa.
A composição completa da chapa não estava totalmente definida, mas a presença de Bratke estava garantida no cargo de diretor. "Espero cuidar apenas da Bienal de Arquitetura, que será realizada no segundo semestre do próximo ano", disse o arquiteto à Folha.
A decisão mais importante de Pires da Costa será definir o curador da próxima Bienal de São Paulo, a 26ª, programada para 2004. Há dúvidas se o evento irá ocorrer no primeiro ou segundo semestre. A permanência do alemão Alfons Hug à frente do evento tem sido considerada por alguns conselheiros, como Bratke.
No entanto, Hug tem dito que não pretende voltar a São Paulo após ter assumido a direção do Instituto Goethe, no Rio de Janeiro, em maio último. Mesmo assim, o curador alemão já indicou à Fundação Bienal os funcionários com os quais gostaria de trabalhar na eventualidade de ser indicado para a curadoria da 26ª Bienal.
Segundo a Folha apurou, outros nomes estão sendo cogitados, entre eles, o do suíço Hans Ulrich Obrist, que chegou a ser convidado para a 25ª Bienal.
Pires da Costa já é apontado como futuro presidente, pois tem o apoio dos conselheiros mais influentes na Bienal: os ex-presidentes Julio Landmann, Edemar Cid Ferreira e Roberto Muylaert, que o lançou como candidato em reunião realizada no final do mês passado. O próprio Bratke ligou para conselheiros da Bienal pedindo apoio para Pires da Costa.
O empresário é ex-presidente da Bovespa e da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) e atualmente atua como diretor do Museu de Arte de São Paulo na praça Patriarca, o Masp-Centro.



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